Nesse episódio extra, você vai conhecer as histórias sobre a vida e o projeto autoral de um novo artista, mas não um artista qualquer, pois estou falando do MEU projeto solo: “Gilson de Lazari e os Delírios Musicais!”
Formato: MP3/ZIP
Tamanho: 62,7 MB
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Roteiro e locução: Gilson de Lazari
Revisão: Camilla Spinola e Gus Ferroni
Transcrição: Camilla Spinola
Arte da vitrine: Patrick Lima e Caio Camasso>
Edição de áudio: Rogério Silva
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Hoje, humildemente, gostaria de convidá-lo para conhecer esse delírio autoral. Te garanto que não vai faltar histórias inusitadas…
Quem ouve os episódios do Clube desde o inicio, desde “Tears in Heaven,” sabe um pouco da minha história pessoal, pois dou singularidade para algumas histórias contando lembranças pessoais e fatos inusitados que aconteceram comigo.
Mas mesmo que você não tenha ouvido os episódios antigos do Clube, ou que essa seja a sua primeira vez com o Clube, de boa, tá? Apenas fique sabendo que em todos os episódios eu tento espalhar uma mensagem que é, reconhecer o poder que a musica tem em nossas vidas, na verdade, é um slogan: “A Música Salva.” hoje, por exemplo, provavelmente ela salve seu dia com esse podcast, pois, cada vez que você relaxa e deixa uma boa melodia correr por seu cérebro, você está sendo salvo de várias formas diferentes que eu nem me atrevo a tentar entender, afinal cada um de nós é um universo diferente e a música, age de uma formas diferentes em nosso cérebro.
Essa aí que você está ouvindo, é parte do instrumental de uma das minhas canções e confesso, o embrião do Clube da Música, tinha o objetivo de falar sobre bandas novas, mas isso foi bem antes de existir o podcast. O Clube, nasceu como o propósito de se tornar um selo independente, mas essa ideia não foi pra frente, e tempos depois se transformou em um podcast.
Tanto o Clube, como os Delírios Musicais, só existem porque um dia eu fui salvo pela música. Isso, aconteceu a muito tempo atrás, esse Gilsão bonachão, que vocês conhecem, já foi um adolescente rebelde e brigão; isso porquê, meus pais se separaram e sem saber lidar com aquela situação, me transformei no “Buddy Revell,” um valentão, que é a referência do filme “Te pego lá fora,” de 1987. Lembro, porque eu o assisti algumas dezenas de vezes, na “Sessão da Tarde.” Se você também assistiu, sabe que o Buddy Revell, se dá mal no fim, para quem não assistiu, desculpe o spoiler, mas em comum, eu, o Gilsinho adolescente, me metia em várias enrascadas e também me dava muito mal. Tudo, porque eu não sabia lidar com as minhas frustrações e traumas, principalmente os causados pela separação dos meus pais.
Mas um belo dia, vi alguns garotos tocando violão na praça perto de casa, me aproximei cauteloso, sem saber direito se poderia participar daquilo e logo fiquei hipnotizado pelo som, pela melodia. A partir desse dia, todos os dias eu ficava esperando por eles na praça e, nem sempre apareciam, mas dei um jeito de fazer amizade com os garotos mais velhos. Sabendo que eu morava nas redondezas, um deles, me perguntou se eu poderia fazer o favor de guardar o violão dele na minha casa. Cara, meus olhos brilharam! Eu, segurei aquele violão firme e sem que percebessem, fui andando de costas e logo saí correndo, cheguei em casa, me tranquei no quarto e a partir desse dia, comecei a aprender tocar violão.
Ouvir música, era algo que eu já adorava, mas um violão em punho, me abria outras possibilidades; eu poderia criar a música e essa possibilidade, era tão intensa, que logo, fiquei tão ocupado, tentando aprender tocar o violão, que meus traumas e conflitos adormeceram; digo mais, muitos, desapareceram. Foi a primeira vez, que a música me salvou.
Permitam-me tocar um trecho da primeira música que aprendi a dedilhar no violão. Cara, é tão simples, mas eu já me achava o máximo….
O Clube da Música Autoral, faz parte do “Overcast,” uma rede de podcasts que foge do padrão da podosfera atual. Conheça mais, acessando: overcast.com.br, inclusive, agora você pode adquirir camisetas personalizadas diretamente da loja do Overcast; a camiseta do Clube, está por lá também. Alô, Nix, agiliza uma extra GG Turbo Size aí para o Cocão, ok? Para conhecer a loja, acesse: overcast.com.br/loja
Como sempre, agradecimentos especiais aos que detém a mais alta patente do Clube da Música Autoral… Caio Camasso, Emerson Castro, Henrique vieira Lima, Luiz Prandini, Antonio Valmir Salgado, Matheus Godoy, João Jr Vasconcelos Santos e Vinicius Gomes. Mais que sócios, eles são diretores do Clube e tem seus nomes citados em todos os episódios, podem ouvir antes do lançamento e recebem uma camiseta exclusiva. Você, também pode ser sócio e nos ajudar nessa missão, acesse: clubedamusicaautoral.com.br/assine e conheça as formas de contribuição e o que você recebe em troca do seu apoio.
Aviso também, que é pelas redes sociais, que o Cocão e eu, completamos as informações que são narradas aqui. Estávamos de férias, mas esse, é o último episódio Extra, que antecede a terceira temporada do Clube. Estamos voltando e agora, é para ficar. Se você quiser também ficar por dentro dos bastidores do Clube, segue a gente no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube; é só procurar por: “Clube da Música Autoral,” que só de seguir, você, já começa a fazer parte desse clube.
Se preferir, pode assinar a lista de transmissão do Clube no zapzap e receber os audiões por lá também.
Essa aí que estamos ouvindo, é a bela canção de “Bob Dylan,” “Knockin’ on Heaven’s Door,” aqui, executada pela banda “Guns n’ Roses,” que lançou essa versão, em 1991, justamente, na época que eu tentava aprender tocar violão; era o hit do verão. Lembro, que quando finalmente consegui executar esses três acordes da introdução, me achei o máximo. Não sei explicar, mas aquilo, fazia todo sentido pra mim; era como se eu tivesse renascido. Para piorar meus delírios de adolescente, assisti o filme “Back to the Future,” então fiquei apaixonado por guitarras. A vontade de aprender mais músicas, era enorme. Eu, comprava livretos de cifras, logo, comecei tentar a criá-las. Minhas primeiras músicas são hilárias, permitam-me mostrar um trecho.
Nem preciso falar, que inevitavelmente, a música virou meu ganha pão. Mas Cocão, solta logo essa vinheta, para gente começar a falar sobre os Delírios Musicais do Gilsão, pois, a ansiedade de contar essa história para vocês, é grande.
Falando assim, de forma resumida, alguns podem até achar que foi fácil aprender violão, mas não foi não, viu? Sou de uma família, que nunca teve um músico na arvore genealógica, pelo menos, não que eu saiba. A tradição da família de Lazari, era e é até hoje, nos campos, executando o trabalho rural. Meu avô, “José de Lazari,” veio menino da Itália, por volta de 1910, fugindo da recessão europeia. Chegando aqui, adentraram por terras paulistas, sentido ao interior, onde a mão de obra era escassa. Trabalhou nas fazendas de café, dos antigos coronéis e como pagamento, recebeu alguns alqueires de terra. O noroeste paulista, era uma área até então, pouco valorizada. Nos arredores da pequena cidade de Novo Horizonte, meu avô, conheceu uma garota chamada “Tereza;” casaram-se e tiveram 7 filhos. O caçula, viria a ser meu pai, “Oswaldo de Lazari,” o “Vardo Caporá.” Meu pai, nasceu em 1933… cara, faz muito tempo. Ele, estudou apenas até a terceira série e seguiu carreira nos campos, ao lado dos outros irmãos. Dois dos seus primos mais velhos, foram pracinhas e serviram na segunda guerra; lutaram contra os nazistas, em Monte Castelo. Aqui em Novo Horizonte, hoje, viraram nome de importantes avenidas e praças. Toda a família, claro, valoriza a coragem dos ex-combatentes da FEB.
Se você gosta dessas histórias, lembro que no episódio 20 do Clube, “Mia Gioconda,” falo sobre a história dos pracinhas.
Mas como eu dizia, a tradição da família de Lazari, é rural. Eu, cresci ajudando a apartar vacas no curral, tirando leite e ajudando nos afazeres da roça. As pequenas terras, que meu pai herdou do meu avô, não eram suficientes para lhe dar status na sociedade, então, ele e seus filhos, precisavam trabalhar na lavoura. O problema, é que meu pai só teve dois filhos e diferente do meu irmão e dos meus primos, acabei vendo muita TV, assisti Star Wars, joguei Atari, lia gibis e ouvia Punk Rock. Eu, não gostava de ir na roça, eu gostava de pintar e assistir TV. Meu velho pai, quando eu nasci em 1978, ele, já tinha 45 anos, quando eu tinha 15, ele, tinha 60. Quando minha mãe nos deixou e nos vimos sós, eu e ele, já que meu irmão morava fora, tentamos nos entender, mas, o conflito de gerações, nos separava; meu pai e eu, nunca estivemos em sintonia. Eu, nunca aprendi a ser o homem que ele me ensinava ser. Tivemos brigas épicas, que me deixaram feridas internas e externas profundas, mas a música, aquela que salva, cicatrizou alguns cortes; outros não, eles ainda doem e certas correntes, nunca se soltaram de mim… acho até que jamais se soltarão; na verdade, talvez, nem deveriam se soltar, pois, os conflitos que travei com meu pai, acabaram por me moldar e tornar o homem que sou hoje. Em 2005, aos 73 anos, meu velho morreu. Eu não morava mais em Novo Horizonte e não consegui chegar a tempo de dizer adeus.
Essa que estamos ouvindo, na minha opinião, é a música mais triste já composta; alguns podem discordar, mas será em vão. Sou incapaz de calcular a quantidade de vezes que chorei ouvindo “Mother,” de “John Lennon.”
Meu filho mais novo, se chama: “Samuel Lennon;” na época, eu queria que fosse só “Lennon,” mas fui voto vencido e como prêmio de consolação, minha amada Cris, permitiu que Lennon, fosse seu segundo nome.
Quem conhece um pouco da trajetória de John Lennon, sabe que ele, cresceu sem a presença dos pais; foi criado por sua tia “Mimi,” que assim como seus pais, que o abandonaram, tinha sérios problemas pessoais.
Em 1970, já fora do Beatles, John, cuspiu fora essa canção. Eu acho que ele não a compôs, ele a vomitou, como que se estivesse intoxicado. Desde que Mother foi lançada, no álbum “John Lennon Plastic Ono Band,” muitos filhos traumatizados, como eu, choraram, compartilhando da dor de Lennon. Na letra, ele diz: “Mãe, você me teve, mas eu nunca tive você. Eu te quis, mas você nunca me quis. Pai, você me deixou, mas eu nunca o deixei. Você nunca precisou de mim, mas eu precisei de você.”
No final, Lennon, se entrega e como uma criança, chora e clama pela volta dos pais… “mama, don’t go, daddy, come home.” É uma sequência de repetições angustiante, que me faz até hoje, imaginar o coração de John, exposto em seu peito aberto. Acho que John, conseguiu expelir muitos demônios nessa canção.
Vamos direto ao assunto, em dezembro de 2016, eu, descobri um tumor maligno em meu corpo. As pressas, comecei a preparação para a operação que o tiraria. Entre os procedimentos pré-cirúrgicos, estavam consultas periódicas com uma psicóloga. Eu, passei a acreditar que ia morrer. Minha insegurança, era tamanha, que eu já entrava no consultório chorando; lá, ficava 40 minutos chorando, sem conseguir dizer nada para a psicóloga e ia embora chorando.
A dor de me preparar para dizer algo a respeito dos meus traumas, principalmente sobre meus pais, era tanta, que eu achei que jamais conseguiria falar sobre isso. Então, após uma dessas consultas emotivas, cheguei em casa, liguei o teclado, selecionei o timbre de um piano acústico e comecei tocar Mother; chorando e cantando, ora em inglês, ora em português, então, comecei a balbuciar a minha versão da história; notem, era a música, mais uma vez me salvando. Essa canção, está no meu disco e se chama: “1978.”
Talvez, seja estranho para você ouvir minha voz cantando, pra mim também é, eu, sempre toquei baixo nas bandas que participei e no máximo, fazia uns backing vocais meio desafinados, mas nos Delírios Musicais, eu precisava cantar e esse, foi o meu maior desafio. Sei que estou atropelando essa história, então, vamos voltar um pouco essa fita, cocão. Quero contar, como surgiu os Delírios Musicais.
Em Novo Horizonte, eu toquei em várias bandas. Gostava de Rock, mas pelo prazer à música, já toquei marchinha, forró, músicas religiosas e muito, mas muito sertanejo. Esse, é o ritmo que predominava no interior de São Paulo e até hoje, continua predominando.
Mas em 1996, uns amigos, resolveram montar um projeto autoral e me convidaram para ser o baixista. O objetivo, era gravar um CD. Eles, tinham algumas músicas e um vocalista cheio de personalidade, que apesar de imitar o Raul Seixas, trazia consigo, a autenticidade, que apenas compositores singulares, tem.
Fomos até Baurú, que é aqui perto e gravamos três músicas: “”Máxima Urgência,” “Gata Bonita” e a música que nos abriria portas jamais imaginadas… “Loteria.”
Foi a primeira vez que estive em um estúdio. Aquele clima de criação, me bateu como uma droga, viciei. Minha mãe dizia: “estuda” e eu, entendia: “estúdio.” Essa canção, Loteria, foi selecionada para o “Skol Rock,” de 1997. Nós, os “Chapados dos Guimarães,” tocamos para 15 mil pessoas, dividindo o palco com bandas como, “Paralamas do Sucesso” e “O Rappa.” Não ganhamos o festival, mas esse, foi o maior feito já conquistado por alguma banda da cidade. Viramos mini-celebridades.
Mas eu, queria mais; comprei com muito custo, o meu primeiro gravador, um “Porta 7” da “Tascam,” que gravava em 4 canais. Com ele, gravei algumas músicas minhas e em 2000, resolvi deixar tudo que eu achava que tinha e me mudei para a capital paulista. Fui fazer como Luiz Gonzaga e tantos outros. Eu era mais um músico, que desembarcava na rodoviária do Tietê.”
Para me manter, consegui emprego na rua “Teodoro Sampaio,” em uma loja de instrumentos musicais. Foi um choque pra mim, pois em Novo Horizonte, apenas eu e mais uma meia dúzia de pessoas, éramos músicos, na Teodoro Sampaio, todo mundo era músico, desde os donos das lojas, até os estoquistas. Eu, era vendedor e foi um pouco assustador pra mim, pois aquela sensação de exclusividade que me movia, logo se perdeu; eu, era apenas mais um músico em São Paulo, a procura de oportunidade.
Nas horas vagas, tocava com os novos amigos e logo, entrei em uma banda “séria,” os “Insones.” A proposta deles, era criar músicas autorais… minha cara. Em 2003, lançamos o primeiro disco. Após testar muitos vocalistas, “Allison,” o guitarrista, encarou o desafio de cantar e como um power trio barulhento de Garage Rock, gravamos o primeiro disco.
Dali pra frente, os Insones, gravariam 3 CDs e um DVD, além de tocar em todos os becos alternativos da capital paulista e em alguns do interior de São Paulo. O auge dos Insones, aconteceu com a canção “Guarda-Chuva,” cujo clipe, entrou na programação da “MTV” e ela, foi produzida por mim. Ouça um trecho. Eu gosto muito dessa canção.
Toquei em outros projetos em São Paulo, mas a necessidade de grana para me manter, me forçaram a trabalhar nos bastidores. Após muitos anos como vendedor, cheguei a ser gerente de uma grande loja na Teodoro Sampaio e montei minha própria produtora de vídeos. Gravei vários video-clips, centenas de DVDs e alguns videos institucionais. Minha amada Cris, que até então, era minha namorada em Novo Horizonte, também encarou o desafio e para ficar perto de mim, veio para a selva de pedras. Ela, trabalhava como doméstica. Logo, pensando em melhorar as coisas pra gente, pisei no acelerador; entrei na sociedade de um dos maiores estúdios de São Paulo e consegui alugar uma casa decente, trazendo ela para morar comigo. Não tivemos casamento, pois logo em 2007, nasceu a “Isabela” e tudo ficou muito mais intenso. Meus sonhos foram deixados de lado momentaneamente, pois eu precisava cuidar da minha filha; era uma vida que dependia de mim. Então, trabalhei muito. Fazer música, de plano principal, se tornou meu hobby; assim como tem gente que joga futebol as quartas e toma uma cervejinha, a gente ensaiava sem compromisso nas quartas e tomava uma cervejinha.
Em estúdio, trabalhei nos bastidores de projetos que me orgulho muito, como: Detonator e as Musas do Metal, Vanguart, Velhas Virgens, Inocentes, Alma Djen, Nervosa, Reestart, Hateen, Negra Lee, Racionais MCs, Patricia Marx… cara, foram muitos artistas consagrados, que passaram por lá, mas principalmente, trabalhei com centenas de artistas anônimos. Me orgulho em dizer, que nunca abandonei meu ramo, mas a minha arte, eu havia abandonado; eu trabalhava nos bastidores, para que outras pessoas criassem suas artes. Eu cuidava da parte financeira, gerenciando o estúdio e assim, conseguia, garantir mais conforto para minha família, que logo aumentou. Em 2011, nascia “Samuel,” aquele que eu queria chamar de “Lennon.” Aliás, eu já falei que minha banda preferida são os “Beatles?”
A minha vida em São Paulo, havia tomado rumos não planejados. Eu, estava ganhando uma grana legal, mas, estava escravizado. A ideia nunca foi essa; ser escravo de compromissos financeiros, me deixava depressivo. Por outro lado, Cris, sentia a falta do afeto e proximidade ímpar, que só existe no interior e já ensaiávamos a ideia, de um dia voltar para o interior. Compramos até um lote parcelado, mas mal sabíamos, que esses planos, se concretizariam bem antes do que planejávamos. Em 2014, fomos vítimas da violência. Ao chegar em casa, entrei em uma emboscada; assaltantes armados, me fecharam para roubar meu carro. Ao perceber a movimentação, Cris, com Samuel no colo, abriu o portão, então, os assaltantes, cogitaram invadir a casa; eu, não poderia permitir e me opus. Eles, me ameaçaram e me fizeram correr, mas isso, foi tempo suficiente para Cris, entrar para dentro de casa e trancar o portão. Os assaltantes, fugiram com meu carro e esse, foi o início de uma sequencia de desastres pessoais.
Na semana seguinte, a vã que transportava minha filha, se envolveu em um acidente de trânsito; coisa séria. Apesar de não se machucar fisicamente, Isabela, ficou traumatizada e não queria mais ir para a Escola. Alguns dias depois, descobri que meu sócio no estúdio, preparava um golpe para me tirar do negócio, que ia bem, graças aos meus esforços.
Cara, parecia o universo conspirando. O acumulo de tragédias, me tirou o chão. Eu, precisaria recomeçar; algo que nunca foi problema pra mim, mas se era para recomeçar… olhei nos olhos da Cris e disse:
– Se pretendemos voltar para o interior, essa é uma ótima oportunidade.
Exatamente um mês depois, estávamos de volta, após quinze anos de desafios e metas cumpridas. Nos encontrávamos novamente, com nossas origens. Eu, senti que poderia me arrepender e isso, realmente aconteceu. O sentimento de frustração e derrota, por um curto tempo, me abateu, mas logo, aconteceu algo que jamais imaginei; consegui um emprego com música em Novo Horizonte, uma pequena cidade que tem apenas 40 mil habitantes. Um antigo amigo, havia adquirido duas casas de shows e montado uma locadora de som e sabendo da minha chegada, me deu a oportunidade e assim, consegui ganhar dinheiro, sem precisar parar de trabalhar com música. Era ela, me salvando de novo.
Também tentei, reunir os “Chapados dos Guimarães,” a minha antiga banda, mas a paixão deles pela música, já havia se perdido. Cris, montou uma loja de roupas e passamos a dividir as despesas. O bom do interior, é que a gente pode contar com as pessoas; a proximidade, principalmente dos parentes, nos ajudou muito nesse recomeço.
Em busca de estabilidade, Cris e eu, resolvemos encarar nosso maior desafio, conquistar a nossa casa própria. Tínhamos o terreno, bastava construir. Fizemos um financiamento na Caixa Econômica e começamos, mas, o dinheiro não foi o suficiente, então, dispensamos os ajudantes e Cris e eu, encaramos a obra. Apesar de até hoje, ainda não termos conseguido acabar a nossa casa, olho para ela e lembro de tudo que passamos; fiz a massa, pus cimento, enchi minha mão de calo, mas conseguimos. Aqui, posso entrar e ter segurança de que é meu.
Nessa casa, também, um antigo sonho meu foi conquistado… o meu home estúdio; um espaço, onde eu pudesse voltar a fazer aquilo que me fazia sentir bem e me salvava, A música.
Finalmente, o Sol, jogava um pouco de luz na minha vidraça. Decorei e tratei acusticamente meu pequeno espaço musical, como sempre sonhei e antes que eu começasse a minha primeira produção musical, recebi a notícia que viraria minha vida de cabeça para baixo… lento e sedento, tentando me levar ao silêncio, sem aviso nem dor, um tumor, crescia em mim.
Então, me reencontro com a história que estava contando. Ao ser diagnosticado com câncer e após a confirmação de que ele era maligno, entrei na paranoia. Comecei imaginar que aquilo iria me matar e logo, comecei ter certeza que estava morrendo. Nos meus delírios, imaginei que talvez me restasse seis meses, um ano, no máximo, de vida…
Eu tentava parecer forte, mas por dentro, eu ruía. Imaginar não poder ver meus filhos crescer, era doloroso demais; aquilo estava me matando aos poucos. Logo, inevitavelmente, nessa paranoia, me peguei negociando com a morte… um último trago, um último gole ou mesmo, uma última canção.
Nesse momento, a música, me salvou mais uma vez, pois a minha paranoia, era existencial. Sou um velho agnóstico; sabe? Aquele teimoso, que precisa ver pra crer? Logo, não acredito em vida após a morte, mas, acredito em interferências divinas. Não me peçam para explicar certas coisas; são confusas pra mim e faço questão de mantê-las assim. Somente quando passei a valorizar a dúvida, é que as certezas, começaram a ter sentido. Não sei se existe um deus maior, regendo essa bagunça toda, na maioria das vezes, acho que não, mas algumas vezes, percebo sutilezas, que perderiam a graça, se não fossem promovidas por algum poder divino. Mas sem certezas, ok? Prefiro assim. Tenho medo do lado escuro e vazio.
Tente se imaginar na minha situação; eu pensava: “o que eu vou deixar aos meus filhos? Bens materiais? Isso, é muito pouco; preciso deixar mais que o meu pai deixou; preciso fazer algo que possa ser eterno, algo verdadeiro e apreciável, que os lembre, o que eu fiz e o que fui em vida.”
Então, foi assim que decidi, fazer um álbum de músicas autorais. Não um projeto qualquer, eu, faria tudo sozinho; esse, seria o meu desafio. Começaria escrevendo as letras, depois arranjando as canções, as que ficassem legais, eu produziria, gravando todos os instrumentos, inclusive, cantando… meu maior desafio.
É engraçado, lembrar o que a doença me causou. Me afastei de falsos amigos e passei a criticar atitudes hipócritas, que me rodeavam nessa nova/velha realidade, no interior, um lugar onde todos se conhecem, ou acham que conhecem. É legal quando alguém consegue surpreender, pois, as pessoas tem uma necessidade incontrolável, de catalogar tudo o que lhes é estranho. Eu, era estranho pra caralho; acho que ainda sou.
Principalmente, porque passei a enfrentar os políticos locais, de uma forma que ninguém havia feito ainda por aqui, denunciando, cobrando e incomodando mesmo. Para vocês entenderem, aqui na minha cidade, o mesmo grupo político, administra a 20 anos. Eles, criaram teias de influência, que interligam interesses sórdidos e agradam religiosos, comerciantes e a alta sociedade. Eu, nos meus delírios, tentei ser útil para a sociedade e cheio de disposição, passei a levantar os tapetes, para ver a sujeira que tinha por lá. Usando as redes sociais, levantei o poeirão. Algumas músicas, falam sobre isso.
Escrevi 22 músicas, dessas, fiz a pré-produção de 16. O objetivo, era no fim, escolher 10, que estariam no projeto final. Quando finalmente, acabei a pré produção das 16 músicas, isso, após mais de um ano trabalhando, fiz uma pausa; precisava de um descanso, então, mandei as 16 músicas para alguns amigos e pedi que me ajudassem, indicando suas favoritas. Enquanto isso, durante o hiato dos Delírios Musicais, num belo domingo, enquanto tomava uma cerveja e ouvia “Queen,” uma banda que adoro de paixão, exatamente, enquanto ouvia “Bohemian Rhapsody,” reparando nas sutilezas de seus arranjos, criadas por Freddie Mercury e quase chorando, por saber que jamais conseguiria fazer algo assim, tão bem produzido, saquei meu Smartphone e escrevi na rede social:
“Bohemian Rhapsody, é a melhor musica já composta. Muitos podem discordar, mas será em vão.”
Como tem muitos músicos que me acompanham, logo, aquela postagem, ficou polêmica; muitos discordavam, mas eu seguia irredutível… Bohemian Rhapsody, é a melhor canção já composta e gravada, e ponto final.
Então, o Cocão, meu amigo de longa data, me mandou um link do YouTube e me disse:
“Já que você gosta tanto dessa música, deveria ouvir esse podcast.”
Eu, já sabia do envolvimento do Cocão com podcasts; ele, é um consumidor alucinado desse tipo de mídia. Cocão, também me deu umas dicas. Ele dizia:
“Como você não é acostumado a ouvir podcasts, ouça lavando a louça.”
Ele sabe que aqui em casa, sou o cozinheiro e foi o que eu fiz. No dia seguinte, coloquei o fone e enquanto lavava a louça, algo que eu odeio fazer, ouvia o tal podcast.
Era o “Café Brasil 275,” onde o locutor, contava a história da canção Bohemian Rhapsody, analisando a letra, a história do Queen e principalmente, a personalidade singular de Freddie Mercury. Cara, essa história é tão boa, que virou filme e ganhou 4 Oscars. Imagino que todo mundo já assistiu o filme, mas na época que eu ouvi o podcast do Luciano Pires, sobre a música do Queen, nem existia projeto de filme, e eu não sabia de todas aquelas saborosas curiosidades; a mistura das histórias com a música, me fez chorar. Eu pensei: “cara, que coisa incrível, que história linda. Que jeito lindo de contar uma história.”
Logo, avisei o Cocão e disse que queria mais, então, comecei adentrar no mundo dos podcasts. Luciano Pires, fez mais alguns episódios musicais, mas esse não era o nicho dele. Eu era insano, queria mais, queria histórias de músicas e ameacei o Cocão:
“Acho que consigo fazer algo parecido. Afinal, já tentei ser locutor de rádio, tenho um estúdio aqui em casa. Acho que é só escrever um roteiro, narrar e mixar misturando com as músicas.”
Cocão, me incentivou e já no dia seguinte, eu enviei para ele, a história da música “Tears in Heaven,” de “Eric Clapton.” Cocão pirou! Ele se emocionou, assim como eu havia me emocionado em Bohemian Rhapsody. Esse episódio piloto, acabou se tornando o primeiro do Clube da Música Autoral.
O resto da história, vocês conhecem, né? O Clube, caiu nas graças dos ouvintes de podcast e logo que resolvi contar para o Luciano, que seu episódio de Bohemian Rhapsody, havia sido a minha influência, ele, resolveu me ajudar e desde então, vários novos seguidores, chegaram e o Clube, foi se transformando em um podcast de respeito na podosfera, inclusive, sendo citado pela curadoria do “iTunes,” como destaque entre os podcasts mais baixados, lançados em 2018.
Muito legal, aliás, sensacional. Então, praticamente, emendamos na segunda temporada, pensando em manter a nova audiência, mas produzir o Clube, dá um trabalho danado; muitas madrugadas de pesquisa, locução, edição, enfim. Precisei abandonar os Delírios Musicais e em outubro de 2018, lancei o último episódio da segunda temporada e decretei férias do Clube. Recebo alguns emails e mensagens nas redes sociais, pedindo a volta das temporadas do Clube, mas era uma questão de honra, eu precisava finalizar os Delírios Musicais e foi o que fiz. Nesses últimos meses, defini as músicas, regravei algumas vozes e remixei todas as músicas, então, comecei um dolorido processo de masterização. Se você não sabe, masterizar é o ultimo processo, é quanto você refina as frequências e o volume final dos arquivos. Ao masterizar as músicas, é normal usarmos uma outra música de referência, para comparar os volumes e as frequências. Aí que tá, comparando as minhas músicas, me sentia péssimo. Enviava para o Cocão e para o Gus, que me animavam; diziam que estavam boas, mas eu não acreditava neles, na verdade, eu não acreditava no meu potencial, principalmente, como intérprete e cantor. Quando digo que meu maior desafio foi cantar, não estou brincando, eu pensei em desistir inúmeras vezes, tantas, que já nem lembro mais. Olha, a voz, é o elemento mais importante da música Pop; o que eu estava fazendo, era música Pop e então, eu tava ferrado. Existem pessoas que nascem cantando, outras, como eu, precisam estudar. Apesar de ter feito cursos, aprendido técnicas de respiração e imposição; voz de peito e voz de cabeça, minha performance, não me convencia. Lá estava o Gilsão ,mais uma vez desistindo do projeto.
Então, sufocado pelo compromisso de finalizar o projeto, comecei a perceber que eu, jamais conseguiria soar como meus ídolos, porque na maioria das vezes, nem eles mesmos conseguiam se repetir. Ao invés de ouvir os discos, produto final, comecei ouvi-los em ambientes menos controlados e cara, é nítido… ninguém é perfeito.
Ao invés de ouvir referências sublimes, de artistas sobrenaturais, cujo talento é algo tão surreal, passei a ouvir, obras de artistas fora dos padrões midiáticos. Músicas que na linguagem do mainstrean, poderiam ser consideradas “erradas.”
Um disco que me ajudou muito a entender a beleza da imperfeição, nessa fase de desistência, foi “LoKi,” do ex-mutante “Arnaldo Baptista.” Esquizitaço, principalmente para época que foi produzido, mas hoje, é considerado um dos melhores discos do Rock nacional.
Então, fui acalmando meu coração ansioso e aliviando daquela pressão de soar como meus ídolos, que eu jamais conseguiria. Eu, precisava aceitar minhas limitações e não apenas isso, precisava valorizar a singularidade das minhas canções e principalmente, do meu cantar. Se eu não gostar das músicas, jamais convencerei alguém que são boas. Eu preciso acreditar nelas. Olhei para as paredes do estúdio e disse em voz alta: “ESSAS MÚSICAS SÃO BOAS! E SÃO AS MINHAS MÚsicas!”
Dia 25 de fevereiro de 1978, foi o dia que eu escolhi vir ao mundo e dia 25 de fevereiro de 2019, foi o ano que eu escolhi trazer ao mundo, o que sobrou de mim, após vencer a minha luta com a morte.
Os Delírios Musicais é o troféu, conquistado com a ajuda da música, que me salvou e me salva todos os dias!
No Deezer e no Spotify, como sempre faço, terá uma playlist para você ouvir as músicas que foram citadas nesse episódio, inclusive, as 10 músicas dos Delírios Musicais, também já estão por lá e convido todos, para curtir a fan page no facebook.com/gilsondelazari
Antes de finalizar esse episódio extra, tenho uma última missão a cumprir, sobre a minha história com a música, especial, com os Delírios Musicais e se até aqui, fiz tudo sozinho, dessa vez, precisarei de ajuda. A última etapa dos Delírios Musicais, é lançar um livro físico, de papel, sabe? Ele, já está praticamente escrito e conta a minha história de vida, meus conflitos pessoais e principalmente, minha superação com a doença.
O livro, encerra a saga e tem o apelo de autoajuda, mas, eu não posso bancá-lo, aliás, eu não sabia o quanto é caro lançar um livro; meu total respeito aos escritores que insistem com essa arte e meu reconhecimento aos que conseguem publicar seus livros. É um ato heroico.
A alternativa que encontrei, foi o financiamento coletivo. Criei no “Catarse,” a pré-venda do meu livro e tem uma meta difícil de alcançar.
Sei que é muito difícil atingir a meta; falei com vários escritores e muitos deles, tentaram fazer projetos de financiamento coletivo, mas fracassaram, porém, se cheguei até aqui, estou disposto a correr esse risco e para ajudar nessa meta, estou lançando também, o “K7 dos Delírios Musicais.” Isso mesmo que você ouviu… o álbum em fita K7.
Poxa, Gilsão,, mas você delira mesmo hein, brother? Fita k7!? Ninguém mais ouve essa bagaça hoje em dia.
Concordo, mas permitam-me explicar: se eu te vendesse, ou entregasse um CD, com o meu trabalho autoral, talvez, você, se quer o ouvisse, pois hoje, música, é um arquivo virtual, armazenado em uma nuvem, que você ouve via bluetooth, ou pelos aplicativos de streaming; é muito mais prático.
Provavelmente, você pegaria meu CD, colocaria em uma gaveta, que logo seria esvaziada e jogado no lixo. Sei que nem todos, mas eu, por exemplo, não tenho o menor senso de valorização pela mídia CD. E não só eu, hoje, os novos notebooks, nem vem mais com leitor de CDs, os novos carros também não. CD, foi legal, porque trouxe clareza, eliminou o chiado, mas e quem gostava do chiado, como fica nessa?
Sou saudosista e valorizo ter algo em mãos do artista que eu gosto. O que eu gostaria mesmo, era um vinil, grande e cheiroso, mas é muito caro, para um artista independente.
Então, pensei na fita K7. Fui até a casa da minha mãe e achei dezenas delas. Cara, que sensação boa; tirei a poeira do meu antigo toca fitas Gradiente e descobri que ainda funcionava; passei dois dias ouvindo as antigas fitas. Sabe aquele chiado de fundo que foi abolido pelos límpidos arquivos digitais? Que delícia! O motorzinho do toca-fitas, estava um pouco fraco, então, tratei logo de procurar uma caneta BIC para rebobinar as fitas e passou um filme na minha cabeça. Lembrei da primeira vez que toquei em uma fita K7 e tive certeza, que esse, é um objeto de valor inestimável, para quem, como eu, valoriza a evolução da música.
Mas, essa é só a minha opinião sobre a fita. Logo, falei com alguns amigos, que me jogaram baldes de água fria. Muitos, tem péssimas lembranças, pois a fita enrolava, tinha chiado, enfim. O único ponto que chegamos a um denominador comum, é que a fita é um baita suvenir legal.
Eu, se recebesse a K7 de um novo artista, ficaria embriagado de saudosismo e chegando em casa, mesmo se eu não tivesse onde ouvir, eu colocaria na minha estante, ao lado das coisas legais, que eu faço questão de guardar.
Mas, como sei que nem todos querem ouvir uma fita, bolei um QR Code, que acompanha o encarte, onde você pode fazer o download do disco gratuitamente.
Agora, se um dia, por acaso, alguém resolver ouvir a fita, nela, tem um bônus. Somente na fita, você poderá ouvir uma música extra, que não será lançada nas plataformas digitais e é exclusiva para a fita K7. Você poderá ouvi-la, mas terá que arrumar um tape deck.
Decidido a seguir com essa ideia louca, adquiri 100 fitas usadas, que serão recuperadas e artesanalmente gravadas e customizadas. Mas espera aí, que não é só isso não… você também, pode adquirir um pendrive customizado do Clube da Música Autoral, contendo o disco completo dos Delírios Musicais, todos os episódios lançados do Clube da Música e também, um episódio extra, que será exclusivo para o pendrive, ou seja, não será lançado no feed do Clube.
Deu pra entender?
Para ajudar no financiamento do meu livro, no Catarse, você pode adquirir o livro na pré-venda, a fita K7 dos Delírios Musicais, a camiseta do Clube, o pendrive do Clube, ou, escolher um dos combos, que vai estar disponível e adquirir mais do que um produto. Tudo, será revertido para a produção da primeira edição do meu livro.
Ufa… acho que é isso.
A vaquinha, está no catarse.me/osdeliriosmusicais ou você pode acessar pelo site do Clube, que é: clubedamusicaautoral.com.br/osdeliriosmusicais
No mais, quero avisar, que esse episódio extra dos Delírios do Gilsão, finaliza o hiato do Clube e antecede a terceira temporada, que como vocês sabem, será temática,, exclusivamente com as minas.
A enquete de apoio, já está rolando no site do Clube e você pode ajudar a escolher os novos episódios, sendo um sócio. Acesse: clubedamusicaautoral.com.br/assine e nos ajude nessa missão.
A edição do Clube, é do Rogério Silva, o Cocão, e a produção é minha, Gilson de Lazari. Muito obrigado a vocês, que tiraram um tempo para ouvir as histórias desse projeto autoral, que me salvou e finalizo dizendo que mais uma vez, foi um prazer falar de música com vocês.
Até a próxima!
Seu trabalho é um dos mais bonitos da podosfera brasileira, com certeza absoluta.
Me emocionei com esse episódio mais ainda do que com outros tantos.
A sensibilidade que vc trata os assuntos e a capacidade de tocar o coração do ouvinte, é um predicado ímpar.
E, como editor, devo elogiar a edição finíssima de todos os episódios.
Eu agradeço profundamente por dividir essa história comigo.
Opa Farofinha, obrigado grande abraço. Os novos episódios do Clube são editados pelo Cocão.
Eu realmente aprendi muito.
Esse, fica feliz em ser útil 🙂