Abrindo a 4ª temporada, eles… Os Beatles!
“Please Please Me,” foi o primeiro single de sucesso dos garotos de Liverpool e suscitou o fenômeno da beatlemania na década de 60.
Conheça as histórias da origem do mais importante grupo musical do mundo.
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Escreva uma história, lembrando de algum fato curioso ou importante de sua vida, onde a música seja o tema principal e envie para nós.
As quatro melhores histórias ganharão um quadro das musas da 3ª temporada, pintados pelo artista plástico “Caio Camasso.”
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Roteiro e locução: Gilson de Lazari
Revisão: Camilla Spinola e Gus Ferroni
Transcrição: Camilla Spinola
Arte da vitrine: Patrick Lima
Edição de áudio: Rogério Silva
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A partir desse episódio, a cada 15 dias, chova ou faça sol, teremos um novo episódio. É assim que funcionam as temporadas do Clube e, dessa vez, é uma temporada free style, do jeito que a gente gosta: completamente livre. Aviso que já encaminhamos a nova enquete para os sócios, que vão nos ajudar a escolher os temas dessa temporada.
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Quem acompanha o Clube sabe: a minha banda preferida é The Beatles. Eu nem disfarço e, sempre que posso, chamo a atenção sobre a importância da revolução comportamental e musical que esses quatro garotos de Liverpool causaram.
A minha admiração é tanta, que tentei até produzir uma temporada temática, exclusiva sobre Beatles, mas os diretores do Clube não concordaram comigo, principalmente porque The Beatles é um tema já um pouco saturado na podosfera e na mídia convencional. Até programas de variedades, que sequer falam de música, já falaram dos Beatles… E, tudo bem, tá? Eu entendo, concordo e já me sinto feliz em poder contar hoje as histórias do início da banda, minha banda preferida, até o primeiro single de sucesso: Please Please Me.
E desde já deixo o convite para que interajam. Eu sei que os beatlemaníacos são vorazes e vão ter muito pra contribuir. Então, bora mandar uma mensagem nas redes sociais pois, ao fim dessa temporada, teremos um episódio extra, onde Cocão e eu comentaremos as principais mensagens. O Clube está no Twitter, no Instagram, no Facebook e no YouTube. Procure por Clube da Música Autoral que, só de seguir, você já começa a fazer parte desse Clube.
Ok… Tudo certo, Cocão? Então vamos nessa. A partir de agora, com respeito e sem ser vago, vamos finalmente falar sobre eles… Os Beatles.
Estima-se que os Beatles já venderam mais de 1 bilhão de discos, e continuam vendendo até hoje, mais de 60 anos depois do seu surgimento. O fanatismo e a admiração que os Beatles arrebanharam foram algo tão significativo que até as histórias dos bastidores se tornaram notáveis, graças a esse grande interesse dos fãs, entre os quais também me incluo. Para contar essa história sem ser vago, precisamos lembrar de uma Inglaterra reconstruída no pós-guerra, com uma classe social predominantemente operária.
Durante a década de 50, as músicas americanas chegavam em carreteis ou discos compactos, que desembarcavam primeiro no porto de Liverpool e, dali, eram distribuídos para toda Europa.
A música americana empolgava os jovens britânicos, e logo começaram a surgir os primeiros conjuntos musicais britânicos que, em comum, tentavam copiar o novo som. Mas entre tantos novos estilos americanos, um tal de Skiffle se destacou…
Esse tipo de música fez muito sucesso na Inglaterra no meio da década de 50, antes da chegada do Rock n’ Roll. Vale lembrar que os ingleses já consumiam o Jazz americano e o Blues, mas o Skiffle, por sua vez, vinha com um conceito social que tinha tudo a ver com o perrengue que os britânicos passavam na época. Para tocar Skiffle bastavam um violão barato e instrumentos percussivos improvisados, como tábua de lavar roupas, garrafas, caixas de charutos e qualquer outra coisa que soasse bem. O Skiffle chamava a atenção dos jovens, principalmente por ser um estilo livre de etiquetas e regras.
Esse é Lonnie Donegan, ele era o principal expoente do estilo, um astro do Skiffle, e influenciou muitos jovens britânicos a também montarem suas bandas no esquema “faça você mesmo”, já que tocar skiffle não exigia um grande investimento inicial.
Um desses jovens, se tornaria o primeiro e mais importante Beatle. Seu nome era John Winston Lennon.
John nasceu no dia 9 de outubro de 1940 na maternidade de Liverpool. Ele é filho de Julia Stanley e Alfred Lennon. Seu pai era um marinheiro que esteve ausente não só no dia do seu nascimento, mas em todas as outras vezes em que John precisou do pai. O seu segundo nome, Winston, lhe foi dado em homenagem ao primeiro-ministro Winston Churchill.
Seus pais se separaram quando John tinha apenas 4 anos. Ele foi obrigado a escolher com quem queria ficar. Primeiro escolheu o pai. Mas, ao ver sua mãe se afastando, saiu correndo em prantos e a abraçou.
Julia, a mãe de Lennon, foi uma jovem fora dos padrões da época. Ela era independente, alegre, cantava, tocava banjo e chamava a atenção por sua beleza. Ela se casou novamente e Lennon acabou sobrando. Mimi, a irmã mais velha de sua mãe, não tinha filhos e passou a cuidar de John. Logo, ele foi morar com a tia Mimi e seu marido George, que lhe presenteou com uma gaita de boca.
Mas, calma. Lennon só se interessaria pela música e pela gaita alguns anos depois… Tia Mimi via sua irmã mais nova como uma desajustada, e pedia que ela se afastasse do filho. Mas Julia visitava John regularmente. Foi ela que lhe apresentou Elvis Presley, e até lhe deu algumas aulas de banjo.
Tia Mimi era controladora e impunha suas regras. Não concordava que John aprendesse música. Mesmo assim, em 1956, Julia lhe deu um Gallotone Champion, um violão para iniciantes.
John não podia tocá-lo dentro da casa de sua tia. Ele precisava ir à varanda. Mesmo assim, logo aprendeu a tocar o instrumento. Aos 15 anos, influenciado pelo Skiffle, resolveu montar seu primeiro conjunto musical, que se chamava The Quarrymen, formado por amigos do Quarry Bank School.
Dizem que John nunca foi um bom aluno. Ele tinha comportamentos erráticos e seu gosto por música fez tia Mimi o inscrever no curso de artes, onde passou a aprender os conceitos históricos da arte britânica. Um saco para John Lennon, que já estava fisgado pelo estilo rebelde, à lá James Dean e, claro, também pelo rei do rock.
Em 1956, chegava a Liverpool o primeiro filme do rei do rock, Elvis Presley. Sem dúvidas, um divisor de águas para a cultura britânica. Logo a banda do colégio de Lennon começou a deixar o skiffle de lado, trocando a tábua de lavar roupas por uma bateria, e se aventurando no rebelde estilo rock-and-roll, que tinha tudo a ver com a personalidade de John Lennon.
No dia 6 de julho de 1957, aconteceu o encontro que muitos fãs consideram o marco zero do nascimento dos Beatles. Os Quarrymen haviam se apresentado no evento beneficente da igreja de Saint Peter e, na pequena plateia, estava um garoto muito interessado em música. Ele e John Lennon tinham amigos em comum e foram apresentados. Seu nome era Paul MacCartney.
Paul e John conversaram sobre Rock n’ Roll. Apesar de ser mais jovem, Paul mostrou que manjava do assunto. Mas John não deu muita moral para o garoto que, numa tentativa de impressionar, pediu um violão emprestado. Como era canhoto, virou o instrumento ao contrário e cantou Twenty Flight Rock, deixando John impressionado…
James Paul MacCartney nasceu em Liverpool no dia 18 de junho de 1942. Ele é dois anos mais novo que Lennon. E, quando se é adolescente, a gente sabe, né? Dois anos é muito tempo!
Diferente de John, Paul nasceu em uma família estruturada. Seu pai, Jim MacCartney, era vendedor de algodão. E sua mãe, Mary, era enfermeira. A música sempre esteve presente na vida de Paul, já que seu pai era trompetista, pianista e participava de uma banda de dança de salão. O pai de Paul tinha um piano na sala de casa, algo que já o colocava em vantagem na carreira musical.
Quando tinha 14 anos, sua mãe faleceu, vítima de um câncer de mama. Para animá-lo, seu pai lhe deu um trompete. Mas Paul não se interessou pelo instrumento, principalmente porque não dava para cantar enquanto tocava. Então, foi até a loja e trocou o trompete por um violão. E, assim como John, seu interesse por bandas começou com o Skiffle.
Como era canhoto, Paul teve que inverter a ordem das cordas do violão e, logo que o aprendeu, compôs sua primeira música, I Lost My Little Girl, que é dedicada à sua mãe.
John, ao ouvir Paul cantando, ficou de cara. O talento daquele garoto era notável. E o lance de ser canhoto deu uma moral a mais. John sabia que Paul o ameaçaria como líder da banda, pois era tão talentoso quanto ele, mas resolveu arriscar e convidou Paul para entrar no The Quarrymen.
Pouco tempo depois, a mãe de John, após lhe visitar, foi atropelada por um carro e faleceu. Isso aproximou ainda mais a dupla.
Além da amizade, Paul trouxe qualidade sonora e boas ideias, inclusive indicando seu amigo guitarrista para a banda. Seu nome era George Harrison…
George Harrison nasceu no dia 25 de fevereiro de 1943. É o Beatle caçula. A diferença de idade era de 3 anos para John e 1 ano para Paul. A mãe de George, Louise, trabalhava como assistente de uma loja de artigos irlandeses e seu pai, Harold, era motorista de ônibus. A infância de George foi típica de uma família de Liverpool. Seu gosto pela música se deve à sensibilidade de sua mãe, que notou o quanto seu filho era atraído por esta arte e o matriculou em um curso. Mas George narra ter ficado decepcionado, pois não ensinavam violão, que aos olhos dos professores da época era um instrumento inferior.
Quando tinha 11 anos, George fez o eleven-plus, uma espécie de prova que definiria onde os alunos estudariam dali para frente. Tanto George quanto Paul passaram na prova e foram encaminhados para o mesmo colégio.
Paul e George só se tornaram amigos quando a música os conectou. George ganhara um violão do pai, que também pediu a um amigo que desse algumas aulas para o filho. O resto ele foi desenvolvendo na base da curiosidade. Ao lado de Paul, atravessavam a cidade para descobrir novos acordes e também acabou atraído pelo bendito Skiffle.
George lembra que estavam os três no segundo andar de um ônibus enquanto Paul tentava convencer John a deixar George entrar na banda. John estava em dúvida, afinal ele era muito novo. Então Paul pede a George que pegue o violão e mostre seu talento ali mesmo, no busão. George sacou o violão do bag e tocou simplesmente a canção que todos os músicos de Liverpool queriam aprender: Raunchy…
John aceitou George na banda e o The Quarrymen tornou-se um quinteto, com John, Paul e George, acompanhados pelo baterista Colin Hinton e o pianista John Duff. Em 1958, Lennon propôs que fizessem uma vaquinha para gravar uma música no estúdio caseiro do senhor Percy Philips. John, que era o líder da banda, escolheu sua canção preferida de Bud Holly, That’ll Be The Day, e, mesmo sem muitos recursos, gravaram. Essa gravação existe. Dá uma sacada…
Então, o senhor Percy Philips perguntou qual seria a outra canção, do lado B. Eles eram tão novatos que não sabiam que havia essa opção. Perguntaram se poderiam ensaiar um pouco antes de gravar, mas o senhor Philips negou, afirmando que havia uma fila de pessoas esperando para gravar. Então, decidiram na hora gravar uma composição de Paul, escrita em parceria com George Harrison, chamada In Spite Of All The Danger e, detalhe, “quem vai cantar sou eu” disse John Lennon.
Felizes da vida com o disquinho de acetato contendo as primeiras gravações de suas vidas, combinaram que ele ficaria uma semana na casa de cada um. E foi isso que aconteceu, até o seu desaparecimento. A grande curiosidade é que, na década de 80, John Duff, procurando algo em sua garagem, sem querer encontrou o velho disco intacto, e especialistas dizem que esse é um dos disco mais raros e valiosos do mundo.
Com o tempo, os outros integrantes dos Quarryman foram saindo ou deixando a música de lado, até que sobrou apenas o trio: John, o líder com 19 anos, Paul com 17 e George com 16. Todos guitarristas e cantores. Então, surge outra personalidade importante nessa história: Stuart Sutcliffe…
Stu era o melhor amigo de John na época. Eles faziam o mesmo curso de artes. Ele, que era pintor, havia acabado de vender um de seus quadros por 75 libras. Era muito dinheiro na época e, numa jogada estratégica para fortalecer a banda, Paul e John convenceram Stu a comprar um baixo Hofner e entrar para a banda. Ele ficou meio receoso, afinal não era músico, mas acabou topando a aventura e comprando o tão cobiçado baixo Hofner.
É nessa época, também, que Paul sugere trocar o nome da banda, que já não tinha mais nada a ver com eles. A maior referência como conjunto era Buddy Holly And The Crickets, então tentaram algo parecido. Primeiro, Johnny and The Moondogs. Depois Long John And The Beatles. E, após um tempinho se apresentando como The Silver Beatles, surgiu o nome definitivo… The Beatles.
Sempre que perguntavam o motivo desse nome, Lennon ironizava a escolha afirmando que teve uma visão em que “um homem, numa torta flamejante, aparece e lhe diz: ‘Vocês são Beatles com a.” O “a” é a letra que difere de besouro: beetle. Porém, durante uma entrevista em 2001, Paul McCartney atribuiu a si a sugestão do nome definitivo, lembrando que John tivera a ideia de chamá-los de The Beetles (os besouros) e Paul sugeriu Beatles com “a” que, segundo ele, seria um trocadilho com beat, que significa batida, a levada da bateria. Aliás, esse seria o recorrente problema dos Beatles daí pra frente: encontrar um baterista definitivo.
Eles estavam sempre em busca de um espaço para tocar. Então conheceram Allan Williams, um cara que conseguia datas agenciando as bandas de Liverpool. Foi Willians que colocou os Beatles no clube Jacaranda, onde fizeram vários shows no início, e também arrumou uma mini turnê na Escócia, na qual acompanharam o cantor britânico Johnny Gentle. Nessa ocasião, Paul precisou assumir o posto de baterista, John acabou perdendo o violão… Enfim, foi um desastre.
Em 1960, o Rock n’ Roll americano já havia explodido na Europa, e as bandas que conseguiam reproduzir aquela novidade sonora eram as mais requisitadas pelos pubs e clubes do continente. Apesar de todas as dificuldades, os Beatles, através de Allan Williams, foram contratados para uma temporada de shows na Alemanha, em um bar de Hamburgo chamado Indra Club. Na época, Hamburgo, era uma espécie de Gotham City sem Batman: a criminalidade e a violência assustavam, mas a vida noturna e as boates de striptease atraíam turistas de toda a Europa. Em comum, os boêmios queriam ouvir o novo estilo, o Rock n’ Roll que os Beatles estavam aprendendo, e por isso eram baratos. Mas, o contratante exigia uma banda com cinco integrantes. Faltava um baterista, então surge na nossa história Pete Best…
Além de baterista, Pete era filho de Mona Best, a proprietária de um pub que ajudou muito os Beatles. Best foi contratado às pressas e, apenas quatro dias depois, estavam partindo com a banda para Hamburgo. Mas, quando chegaram à Alemanha, descobriram que as coisas não seriam fáceis. Além do péssimo cachê, eles precisavam dormir nos sofás do camarim e tocar de 7 a 8 horas por dia sem parar. Foi em Hamburgo que os Beatles conheceram a boemia, as extravagâncias sexuais, os porres e as drogas, pois sempre que estavam exaustos, os garçons lhes traziam Preludim, um comprimido que, misturado ao álcool, os deixava ligadões e assim conseguiam tocar por horas sem parar.
O convívio fortaleceu a relação entre os integrantes. Foi um período de desenvolvimento musical incrível. Stuart aprendeu a tocar baixo, George refinou seu estilo de tocar e Paul e John aperfeiçoaram os vocais, desenvolvendo nessa época os notáveis duetos de voz, que viriam a se tornar a marca registrada dos Beatles.
Porém, por mais que os garotos estivessem curtindo, aquela vida era insana. Sequer cama eles tinham para dormir. Outras bandas britânicas também estavam em Hamburgo em temporadas como os Beatles. Uma delas era de Liverpool e se chamavam Rory Storm and the Hurricanes, e o baterista era ninguém menos que o até então desconhecido Ringo Star.
Mas, calma. Ainda não é aqui que o Ringo entra na nossa história. Porém, foi lá em Hamburgo que a amizade deles começou. Os Beatles descobriram que as outras bandas ganhavam muito mais e perceberam que estavam sendo explorados. Então acertaram algumas apresentações em uma boate concorrente. Irritado com aquilo, o dono do Indra Club denunciou George Harrison e ele acabou sendo deportado por ser menor de idade. Revoltados, Paul e Pete tacaram fogo em uma camisinha dentro da boate e também foram deportados. Por fim, John, também voltou para Liverpool. O único que ficou na Alemanha foi Stuart, que havia se apaixonado por Astrid. Vale lembrar que foi Astrid quem tirou as primeiras fotos dos Beatles, e também foi ela que cortou o cabelo de Stu no estilo moptop, franjinha, que pouco tempo depois foi adotado por todos os integrantes, deixando de lado o manjado topete americano dos anos 50. Stuart veio a falecer um ano depois, vítima de um aneurisma.
Os Beatles voltaram para Liverpool meio tristes e em dúvida se esse negócio de banda de rock daria certo, mas acabaram por seguir o plano. Paul era o mais virtuoso, então foi escalado para tocar o baixo, que assumiu mesmo a contra gosto, e comprou o seu clássico baixo viola bass Hofner. John dava um migué para valorizar a banda dizendo aos contratantes que eles eram de Hamburgo. Pete Best marcava shows no pub de sua mãe Dona, que ajudou bastante nessa época e, assim, com Paul no baixo, temos a clássica formação dos Beatles pela qual ficaram conhecidos.
Em 1961, pintou a oportunidade de os Beatles voltarem para Hamburgo. Dessa vez como banda de apoio do cantor britânico Tony Sheridan, que havia marcado uma série de shows e até uma sessão de gravação em Hamburgo. Essa foi a primeira vez em que os Beatles entraram em um estúdio profissional.
Essa versão de My Bonnie tem Tony Sheridan no vocal principal e os Beatles como banda de apoio. Uma curiosidade dessa gravação é que Pete Best estava tocando o bumbo atrasado, então os produtores alemães tiraram o bumbo e os tons do seu setup, deixando-o apenas com caixa e pratos.
De volta a Liverpool, os Beatles finalmente conseguem uma data para tocar no famigerado Cavern Club.
Inicialmente, o Cavern era um reduto do Jazz britânico. Ele foi inaugurado em 1957, mas logo precisou abrir as portas para os conjuntos de Skiffle e, consequentemente, para o Rock n’ Roll. Os Beatles se deram bem no Cavern, afinal, o período de shows intensivos em Hamburgo havia lhes dado experiência de palco e um repertório extenso. Isso sem falar no carisma dos garotos, que muitos diziam ser o grande diferencial. Toda quinta, os Beatles se apresentavam no Cavern e, a cada semana, atraiam mais e mais jovens que vinham conhecer o Rock n’ Roll diferente dos Beatles, já que eles faziam suas próprias versões, em vez de apenas copiar os americanos, como as demais bandas de Liverpool faziam.
Após um tempo, o público cresceu tanto que as quintas do Cavern movimentavam toda a 10 Mathew Street, onde filas se formavam à porta. Era o primeiro sinal de que aqueles garotos tinham algo diferente. Nas proximidades do Cavern, havia uma loja de discos, e frequentemente alguém aparecia perguntando se vendiam discos dos Beatles.
Intrigado, o dono da loja resolveu conferir o que esses garotos tinham de tão diferente e foi ao Cavern. E quando viu os Beatles ao vivo pela primeira vez ficou maravilhado. Seu nome era Brian Epstein.
Brian era filho de judeus ricos. Seu pai havia fundado a Epstein and Sons, um negócio da família que logo se expandiu para uma rede de lojas de instrumentos musicais, eletrônicos e discos. Brian era o filho desacreditado. Ele havia tentado ser ator e na época estava incumbido de cuidar da NEMS, uma das lojas de seu pai, que ficava próxima ao Cavern. Brian não ficou apenas maravilhado. Ele viu nos Beatles a oportunidade de “empresariar” a banda e ganhar muito dinheiro, algo que, como todos sabem, de fato aconteceu. Brian é considerado por muitos fãs como o quinto Beatle, mas não foi tão simples assim.
Após assinarem um contrato de 5 anos, Brian equipou a banda com o que havia de melhor na época. Ele era de uma família rica, que valorizava a boa imagem das pessoas, então sugeriu aos Beatles que trocassem as cafonas roupas de couro por ternos alinhados. Misture isso com o corte de cabelo moptop e, cara, ficou excelente. Foi Epstein também que sugeriu a reverência ao público após cada canção. Um ato simples, porém transparecia a humildade dos garotos. A partir de então, nasceu o conceito de imagem definitivo dos Beatles.
Todos concordaram, menos John. Ele relutou em largar as roupas de couro, mas acabou cedendo em virtude do alto investimento que Brian estava fazendo, já que seu próximo passo seria contratar uma sessão de gravação, que foi captada dentro do próprio Cavern Club.
Apesar da qualidade sofrível dessa gravação, dá para termos uma ideia de como era o clima no Cavern. Brian Epstein acreditava que sua rede de lojas venderia os discos e retornaria o investimento, mas não foi bem isso o que aconteceu. Logo ele entendeu que precisava de uma gravadora e foi para Londres em busca de um bom contrato.
O grande diferencial dos Beatles era a composição. Eles faziam suas próprias músicas e isso poderia render royalties para as gravadoras.
Brian foi até a Decca Records, uma das principais gravadoras da época e, após muita insistência, Dick Rowe concordou em fazer uma audição com os Beatles. Detalhe: no primeiro dia do ano de 1962. Por acaso, durante a maior frente fria do século. A sessão na Decca foi um fiasco. Brian Epstein havia sugerido que a banda tocasse um repertório mais conservador, mirando o público jazzístico da gravadora, mas os Beatles estavam nervosos e mandaram mal. Entre as músicas gravadas nessa sessão estava Besame Mucho. Ouça essa rara gravação.
Um conjunto de fatores fez Dick Rowe rejeitar a banda de Brian, que na época se justificou com a célebre frase: “bandas com guitarras estão fora de moda, Sr. Epstein”. A Decca ficou famosa por ser a gravadora que negou um contrato com os Beatles.
Com as fitas dessa sessão, Brian fez compactos que eram vendidos em suas lojas para os poucos fãs dos Beatles. Os discos rodaram até chegarem nas mãos do produtor musical George Martin…
Martin estava de férias quando Brian procurou sua gravadora, a Parlophone, que era um braço da EMI, e saiu de lá com mais um não. Porém, ao voltar de férias, George Martin reanalisou aquela proposta. Considerando que era um material independente e rebelde para a época, contrariou os demais diretores da gravadora e aceitou uma audição com os Beatles, que entraram pela primeira vez no estúdio na EMI, e que viria a se tornar o Abbey Road Studio.
Essa sessão pode ser considerada como o ponto da guinada dos Beatles. Apesar de não ter sido lá aquelas coisas. Paul novamente estava nervoso e as músicas não saíram legais. Esses tapes foram apagados. A única que se salvou foi Love Me Do. Ouça o registro original e repare na insegurança do vocal de Paul e na bateria arrastada de Pete Best.
Para quem não tem uma visão muito técnica, essa gravação pode até soar agradável. Porém, George Martin não curtiu nem um pouco, apesar de saber que a música era boa. Love Me Do faz parte de uma série de composições que Lennon e MacCartney fizeram em 1958, quando matavam aulas para compor. Essa era a preferida dessa leva.
Inicialmente George Martin também apagaria o tape de Love Me Do, mas ao ver Lennon tirando uma gaita do bolso (aquela mesma gaita ele havia ganhado de George, o marido de sua tia Mimi), e tocar a introdução de Love Me Do, Martin entendeu que a canção tinha força e valia a pena tentar. Ele desceu as escadas do imenso Abbey Road e se dirigiu a eles pela primeira vez, pedindo que Paul cantasse a parte que encerra o refrão para que desse tempo de John voltar com o riff de gaita.
Legalzinho e tal, mas mesmo assim, George Martin estava insatisfeito e chamou os Beatles para a sala técnica, numa tentativa de mostrar os erros e explicar o que estava acontecendo. George Martin era um lorde inglês e, com toda sua elegância e didática, explicou aos garotos como funcionava um estúdio de gravação, apontou suas falhas e, ao fim do discurso, ofereceu um contraponto às duras críticas que havia feito, perguntando a opinião dos Beatles em relação a ele. Os 4 se mantiveram calados, até que George Harrison soltou a pérola: “Bem, em primeiro lugar, não gostamos da sua gravata”.
Após alguns segundos de tensão… George Martin caiu na gargalhada, e foi esse espírito brincalhão que o cativou e o fez apostar nos Beatles, que finalmente conseguiram assinar o contrato com a EMI.
Mas, em uma conversa com Brian Epstein, George Martin disse que Pete Best não tinha condições de gravar e avisou que recrutaria um baterista de estúdio para substituí-lo na gravação. A banda já estava de saco cheio das mancadas de Pete Best, que também vinha faltando aos shows. Essa queixa vinda de George Martim era tudo o que eles queriam para tirá-lo da banda e Brian foi escalado para dar a triste notícia de que Pete Best estava fora.
Para substituí-lo, alguns nomes foram cogitados, mas o quarto e definitivo Beatle da nossa história, é ele… Ringo Starr
Isso que estamos ouvindo é um solo dele e que se tornou o estilo Ringo Starr de tocar bateria. Não é virtuoso, pelo contrário, mas tinha o swing que faltava. Sem falar que a entrada de Ringo deu segurança para que Paul, John e George brilhassem ainda mais.
Ringo na verdade se chama Richard Starkey. Ele nasceu em Liverpool no dia 7 de julho de 1940. O apelido Ringo, surgiu por causa dos anéis que ele gostava de usar (ring em inglês). Richard era filho único dos confeiteiros Richard Starkey e Elsie Gleave, que se separaram quando ele ainda era criança. Sua mãe gostava de cantar e dançar, mas precisou abandonar esse hobby para poder cuidar do filho de saúde frágil.
Aos seis anos, Ringo teve que fazer uma apendicectomia de rotina e acabou contraindo peritonite. Isso fez com que ele ficasse em coma durante dias. Sua recuperação lhe custou um ano internado no hospital de Liverpool. Após a alta, sua mãe se tornou superprotetora. Tanto que não deixou o filho frequentar a escola. Ele fazia aulas particulares em casa duas vezes por semana. Em 1953, com 13 anos, Richard precisou ser internado novamente, dessa vez por causa de uma tuberculose. O adolescente Ringo passou mais dois anos praticamente morando no hospital e, numa tentativa de melhorar sua coordenação motora, integraram-no na banda do hospital, onde tocava instrumentos percussivos. Isso instigou seu interesse pelos tambores e, quando recebeu alta, ganhou de presente um compacto com a canção de Alyn Ainsworth, Bedtime for Drums.
O interesse de Ringo pelos tambores fez dele um tocador de tábua de lavar roupas. Isso foi durante o movimento do Skiffle, claro. Sua mãe se casou novamente e seu padrasto lhe deu de presente o primeiro kit de bateria. Um instrumento extremamente valioso na época. Desde então, Ringo, participou de várias bandas, a mais famosa delas foi Rory Storm and the Hurricanes, mas também fazia trabalhos freelancer, e cobriu as faltas de Pete Best nos Beatles por várias vezes, até finalmente ser convidado para integrar o conjunto em definitivo.
Três dias após a demissão de Pete Best, Ringo Starr, é apresentado como baterista dos Beatles num show no Cavern. A apresentação gerou confusão, pois os fãs repudiaram a nova formação. Eles gritavam “Pete para sempre! Fora Ringo!”. George Harrison chegou a ser agredido nessa apresentação.
Pete Best, era o mais galanteador dos Beatles, enquanto Ringo era baixinho e tinha uma baita narina. Acho que inicialmente ele não agradou as fãs, mas logo isso ficou para trás e, em 1962, os Beatles, agora com Ringo Starr na batera, partiram para mais uma temporada em Hamburgo, que precisou ser interrompida pois George Martin os convocou para uma nova sessão de gravação, na qual regravaram Love Me Do e P.S. I Love You. Esses viriam se tornar lado A e lado B do primeiro single dos Beatles.
Só por curiosidade… ainda não foi dessa vez que o Ringão gravou a batera. George Martim recrutou Andy White, um baterista de estúdio. Foi ele que gravou a batera das duas músicas. Ringo apenas tocou percussão e dizem que isso o deixou arrasado. Mas foi assim, no dia 05 de outubro de 1962, que o primeiro single dos Beatles foi lançado. No Reino Unido, Love Me Do atingiu a posição 17 das paradas de sucesso, anunciando oficialmente o início da era The Beatles.
Inicialmente o contrato com a EMI era terrível. Os Beatles recebiam apenas um centavo a cada disco vendido e, desse montante, 25% ficavam com Brian que, para dar uma forcinha, arrematou dez mil cópias desse single.
Sentindo firmeza nos garotos de Liverpool, a EMI resolveu produzir mais um single, que dá nome a esse episódio do Clube da Música Autoral. Rode a vinheta Sir Cocão, porque a partir de agora vamos falar de Please Please Me.
Noite passada eu disse estas palavras para minha garota
Eu sei que você nunca tenta, garota
Vamos lá, vamos lá, vamos lá, vamos lá
Vamos lá, vamos lá
Por favor, agrade-me, assim, como eu te agrado
Você não precisa de mim para mostrar o caminho, amor
Por que eu sempre tenho que dizer “amor”?
Vamos lá, vamos lá, vamos lá, vamos lá
Vamos lá, vamos lá
Por favor, agrade-me, assim, como eu te agrado
Eu não quero que pareça que estou reclamando
Mas você sabe que sempre há chuva no meu coração
(no meu coração)
Eu faço tudo para agradar você, é tão difícil argumentar com você
Oh sim, por que você me deixa triste?
Please Please Me foi lançada no dia 11 de janeiro de 1963 e foi composta por John Lennon, apesar de estar oficialmente creditada como Lennon/MacCartney. Acontece que rolou um acordo entre os dois de dividir os créditos de todas as músicas compostas por eles, independente de os dois cooperarem ou não.
A letra de Please Please Me acabou interpretada com duplo sentido e alguns fãs da época acreditavam que era um pedido de sexo oral, principalmente quando Lennon dizia:
“Noite passada eu disse estas palavras para minha garota – Eu sei que você nunca nem tenta, querida. Vamos lá, por favor, agrade-me, assim como eu te agrado.”
Claro que os Beatles sempre negaram esse trocadilho, mas o fato é que algumas garotas eram taradas por eles e, mesmo antes da beatlemania, já os perseguiam. Como tinham uma média de 15 anos, John as apelidou de “chave de cadeia”. Ele sabia que transar com uma daquelas adolescentes poderia lhe gerar um problemão com a polícia. Porém, relatos sugerem que, para John, o sexo oral não tinha o mesmo agravante.
Além disso, Lennon assumiu posteriormente que sua intenção era fazer um trocadilho com please (por favor) e plea que significa suplicar, então… tirem suas conclusões!
John inspirou-se em Roy Orbison para compor Please Please Me: “Eu me lembro do dia em que a escrevi. Eu tinha acabado de ouvir Roy Orbison no rádio tocando “Only The Lonely”. Adorei o estilo balada e tentei imitá-lo” confessou John Lennon.
Quando os Beatles apresentaram Please Please Me ao produtor George Martin ele achou uma porcaria. Era uma balada arrastada, bem ao estilo Roy Orbison, e pouco a ver com o Rock n’ Roll que eles queriam vender. George Martin tentou convencê-los a gravar uma música de outro compositor, mas os Beatles insistiram, então George Martin disse brincando: “se vocês dobrassem a velocidade dessa música e adicionassem uma gaita (como em Love Me Do) talvez ela ficasse boa”.
Todos riram. Ele estava brincando, mas na próxima sessão os Beatles voltaram com a música acelerada e uma introdução de gaita. Novamente ganharam a simpatia do velho George Martin, que soltou a célebre frase: “Vocês acabaram de fazer o primeiro número um das paradas”.
George Martin, que também é conhecido como quinto Beatle, estava certo. No Reino Unido, Please Please Me chegou ao primeiro lugar das paradas e foi o primeiro single dos Beatles a chegar aos EUA, um mês após o lançamento europeu. E, no lado B do disquinho, vinha outra composição de John Lennon, Ask Me Why, que fez muito sucesso também.
No Brasil o single chegou no mesmo ano, mas, ao invés de Ask Me Why, a canção do lado B era From Me to You. Como o primeiro lançamento dos Beatles não repercutiu nos EUA, eles relançaram Please Please Me em 1964 e, aí sim, ela chegou ao terceiro lugar das paradas americanas.
O sucesso de Please Please Me também possibilitou a primeira aparição dos Beatles na TV em rede nacional britânica, no programa Thank Your Lucky Stars…
E foi assim, que Please Please Me começou a tocar em todas as rádios britânicas, atiçando a curiosidade pelos garotos de Liverpool.
Outro fato curioso é que, na época do lançamento de Please Please Me, os Beatles estavam fazendo uma turnê com outros artistas, e ninguém os conhecia. De repente chegaram ao topo das paradas e passaram a ser a principal atração da turnê.
1963 também viria a ser o ano que marca o início da beatlemania. Milhares de jovens ficariam obcecados pelos Beatles, consumindo qualquer coisa com o nome do grupo.
Sabendo disso, a EMI não perdeu tempo. De volta ao estúdio, os Beatles precisavam agora gravar o primeiro álbum completo, um long-play com 14 músicas chamado Please Please Me. Mas não havia músicas suficientes de Lennon e MacCartney, então completaram o disco com covers que eles estavam acostumados a tocar nos shows. Reza a lenda que esse disco foi gravado ao vivo em 10 horas de estúdio.
E, para encerrar esse episódio e valorizar a nossa playlist, que vai estar disponível no Deezer, no Spotify e agora no YouTube TAMBÉM, vamos recordar todas as canções que entraram no icônico álbum Please Please Me, de 1963. Vale lembrar que, das 14 canções, 8 eram composições dos Beatles. E, além das já lançadas e citadas aqui, Love Me Do, P.S. I Love You, Ask Me Why e Please Please Me entraram também I Saw Her Standing There, que viria a se tornar o primeiro sucesso da banda nos EUA no ano seguinte.
Misery foi uma canção feita pelos Beatles por encomenda para a cantora country Hellen Shapiro, mas que havia sido rejeitada por seu produtor. Então os Beatles a gravaram.
E, fechando as composições próprias assinadas por Lennon e MacCartney, temos There’s A Place.
O restante das músicas é um catado de covers que os Beatles sempre tocavam ao vivo, como Anna (Go to him), Chains, You Want To Know A Secret, que trazia George Harrison cantando pela primeira vez em um disco, Boys, que também trazia Ringo Starr nos vocais pela primeira vez, a excelente Baby It’s You, A Taste of Honey e, encerrando o álbum e também esse episódio do Clube, a música dos Beatles que talvez seja a mais conhecida por nós, brasileiros. Muitos pensam que é deles, mas se trata de um cover, escrito por Phil Medley e Bert Russell. É claro que eu estou falando de Twist And Shout.
Uma curiosidade sobre esse disco é que John Lennon o gravou gripado, a base de leite e pastilhas. Twist And Shout provavelmente detonaria sua garganta e por isso foi deixada por último. Eles sabiam que teriam apenas uma chance de gravá-la antes de Lennon perder a voz e foi o que fizeram…
E aí? Curtiu a história do início dos Beatles? Então saibam que para fazer esse episódio eu contei com a ajuda do beatlemaníaco Gustavo Ferroni e do YouTuber Gilvan Moura, que tem um canal sensacional chamado Beatles School, com vídeos recheados de curiosidades de todas as fases, inclusive da fase solo de cada Beatle. Eu recomendo.
Antes de finalizar não posso deixar de agradecer aos ilustres sócios diretores do Clube, Henrique Vieira de Lima, Caio Camasso, Emerson Silva Castro, Antônio Valmir Salgado Junior, Dilson Correa Lima, Mateus Godoy, João Jr Vasconcelos Santos, Luiz Machado, Lucas Valente, Camilla Spinola, Tiemi Yamashita e Marcelo Leonardo. Eles são mais que sócios: são diretores do Clube e nos ajudam muito a manter viva essa missão de levar boas histórias até vocês.
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Foi um prazer falar de música com vocês e até a próxima!