Luz, câmera, ação! Três elementos que na maioria das vezes, dependem de um outro elemento chave, para fazer sentido e gerar em nós, os mais diversos sentimentos. Estou falando do SOM!
Nesse episódio extra do Clube, vamos falar sobre a relação entre música e Cinema e relembrar algumas trilhas clássicas que deixaram a sua marca na história da sétima arte.
Pegue a pipoca, os fones de ouvido e aperte o play!
Formato: MP3/ZIP
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Roteiro e locução: Gilson de Lazari
Revisão: Camilla Spinola e Gus Ferroni
Transcrição: Camilla Spinola
Arte da vitrine: Patrick Lima e Caio Camasso>
Edição de áudio: Rogério Silva
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O Cinema e a música, estão fundidos e nós, meros terráqueos, em busca de boas histórias, só podemos agradecer e plugar o fone de ouvido, para curtir as magias da sétima arte, que possibilitaram essa união… música e cinema.
Meu Nome, é Gilson de Lazari, e esse, é mais um episódio extra do Clube da Música Autoral; é o momento onde fugimos do padrão e podemos viajar em assuntos aleatórios, mas claro, sempre relacionados com a música. Cara, eu adoro os episódios extras.
O Clube da Música Autoral, também faz parte do “Overcast,” uma rede de podcasts, que foge do padrão da podosfera tradicional. Acesse: overcast.com.br e fique por dentro das novidades.
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Hoje, vamos falar sobre música e cinema, mas antes, só um adento… o Rogério Silva, meu parceiro do Clube, também editor de podcasts, a partir desse episódio, passará a ser o editor oficial, ou seja, o roteiro original é meu, Gilson de Lazari e a soundtrack, é do Cocão. Bóra lá, falar de música e cinema!..
O ser humano, já fez e continua fazendo muita merda aqui no planeta Terra, e as vezes, eu penso: tratar o local onde vive dessa forma, destruindo, poluindo, extinguindo, só pode ser coisa de ETs destruidores de mundos, que um dia, talvez, passaram por aqui e deixaram pra trás, embriões dessa raça que assola o planeta, chamada: “humano”.
Mas os humanos, não apenas destroem, eles criam; são seres complexos e estão longe de entenderem a eles mesmos. Uma das maiores invenções da humanidade, como certeza, é a foto; sim, essa que hoje, chamamos de “self” e publicamos no Instagram. Um click que eterniza o momento. Algo que de tão comum, já nem nos chama a atenção, mas quando surgiu, lá por volta de 1820, era coisa de extraterrestres.
Usando essas fotos em sequência, o ser humano, criou a câmera de vídeo e logo, nasceu o cinema, onde o padrão de 24 fotos por segundo, replicava um acontecimento do passado. Sim, o filme, era a máquina do tempo.
Na ocasião, eventos foram organizados para exibir as imagens, onde um trem, chegava na estação. Ao ver aquilo, algumas pessoas, saíram correndo, gritando. Elas, realmente acreditavam, que o trem era real e vinha em direção a elas, afinal, parecia coisa de extraterrestres, e acho que era mesmo, pois logo, o tal do humano, usou esse recurso para contar histórias e acabou envolvendo, diversas artes em conjunto.
Então, o italiano “Ricciotto Canudo,” publicou o famoso “Manifesto das Sete Artes.” Um documento, que foi publicado em 1923, integrando o cinema, a categoria das “Belas Artes,” tal qual, música, pintura, escultura, arquitetura, poesia e dança. O decreto de Ricciotto, era desbravador; ele colocava o cinema, como uma arte síntese; uma arte total, que conciliava todas as outras artes. E é por isso, que hoje, conhecemos o cinema, como a “sétima arte.”
Isso tudo, foi há quase 100 anos atrás. Com o nascimento do cinema falado, o público entrava em êxtase, com a integração, cinema e som. Foi o início de uma nova era; quando nasceu o compositor dramaturgo. A primeira exibição, digamos assim, eficaz, aconteceu no dia 6 de outubro de 1927, com a estréia de “O Cantor de Jazz” (The Jazz Singer), de “Alan Crosland,” na cidade de Nova Iorque; essa trilha que estamos ouvindo ao fundo, notem…
Esse, foi o primeiro filme comercial, a ter passagens faladas e cantadas. Usaram para amplificar o som, um sistema sonoro, conhecido como: “Vitaphone,” patenteado pouco depois, pela “Warner Bros.”
O longa, não era completamente falado; trazia muitas cenas mudas, –, mas mesmo com os precários recursos, era possível ouvir perfeitamente, a voz do protagonista, nas cenas em que o famoso cantor de Jazz, da época, “Al Jolson,” cantava, acompanhado de uma banda.
A exibição, encantou a plateia e fez tanto sucesso, que ajudou a salvar a Warner da falência. Esse filme, “O Cantor de Jazz,” foi indicado ao Oscar, , mas não levou o prêmio de melhor filme. Há quem diga, que os produtores dos outros estúdios, alegavam que era concorrência desleal, com os filmes mudos. Esse destempero, durou pouco; apenas dois anos depois, mais de 50% dos lançamentos cinematográficos, já eram falados.
A inserção do som, foi inevitável e acabou reformulando os fundamentos da linguagem cinematográfica. Essa reestruturação, pela qual passou o cinema, deu impulso para o aumento e o fortalecimento da indústria cinematográfica, no entanto, nem tudo são flores e teve gente muito relevante, que resistiu às mudanças; sem contar, que muitos atores, roteiristas e diretores, sentiram dificuldades em se adaptar e perderam espaço, nesse novo modelo,, que veio para ficar.
“Charles Chaplin,” foi um dos que resistiram à nova tecnologia, mas, acabou aderindo posteriormente. Chaplin, acreditava que seu personagem mais popular, o “Carlitos,” só teria sucesso, com exibições no estilo cinema mudo.
Você, com certeza, deve adorar cinema, é quase que uma unanimidade, mas se gosta também, das histórias do cinema, você, pode assistir ao filme de 2012, “O Artista,” que aborda justamente, esse período de transição, entre o cinema mudo e o falado.
Mas, apesar da oposição de grandes nomes, o mais importante, é que o cinema falado, trouxe fôlego aos estúdios, deixando-os afastados da recessão, que assolou o mundo em 1929, com a queda da bolsa de Nova Iorque.
Não posso deixar de citar, que o cinema falado, surgiu em 1926, mas o som durante as exibições das películas, já existia e era comum, desde o final do século 19. As exibições, eram acompanhadas por músicos, contratados para tocar durante a sessão e dar ambiência ao filme e aos poucos, a figura do narrador também foi sendo incorporada; ele, tinha o papel importante, de explicar certos acontecimentos do filme.
Lançado em 1929, um outro filme, estabeleceu de vez essa integração sonora no cinema. Esse em especial, lançou o gênero, “cinema musical.” “A Melodia da Broadway,” ou “The Broadway Melody,” contava a história, de uma corista, que alcançava o estrelato. Foi o primeiro filme falado, a ganhar o Oscar , e o primeiro musical completo, feito em Hollywood.
O primeiro filme sonoro brasileiro, é a comédia: “Acabaram-se os Otários,” de 1929, de “Luiz de Barros,” realizado pela “Companhia Sincrocinex.”
Dizia o anúncio publicado no Estadão, em 1º de setembro: “O MAIOR ACONTECIMENTO CINEMATOGRÁFICO DE 1929!”
“Acabaram-se os Otários,” estreou em São Paulo e foi recorde de bilheteria. Ficou em cartaz por 52 dias e depois, transitou por outras salas do Rio de Janeiro. Vale lembrar, que esse filme, foi a grande inspiração, para o surgimento do “Mazzaropi,” o mais ilustre caipira, da história do Cinema Brasileiro.
Para produzir o primeiro filme sonoro do país, o diretor Luiz de Barros, utilizou a técnica do “playback;” ele, gravou previamente os diálogos em discos e depois, os reproduzia nos cinemas, em sincronismo com o as imagens do filme.
Nós, falamos muito em Hollywood, mas o cinema falado, se popularizou por todo o mundo, em especial, na Europa, onde, França, Alemanha, Suécia e Inglaterra, começaram a explorar técnicas particulares. A partir de 1930, Rússia, Japão, Índia e países da América Latina, também se renderam à nova descoberta.
Ao mesmo tempo, outra inovação, que também vinha sendo evitada no cinema, foi se popularizando na década de 30, o filme colorido.
Vale lembrar, que já existia o recurso e fazer os filmes em preto e branco, era uma opção dos diretores puritanos. Mas então, motivados pela concorrência com a TV, que nos E.U.A, já tinha modelos coloridos. O cinema, se reinventou mais uma vez e os filmes em preto e branco, foram perdendo seu espaço.
Em 1935, a academia, criou o Oscar para as categorias, Melhor Trilha sonora e melhor canção original. É comum as pessoas confundirem, mas não é difícil de entender. A canção original, é a escolha da melhor música inédita, composta exclusivamente para aquele filme; e quem recebe o prêmio, é o compositor e não seus intérpretes.
Essa que estamos ouvindo, é a canção original, composta para o filme “The Gay Divorcee” (A Alegre Divorciada), de 1934, cujo os compositores, faturaram o primeiro Oscar da categoria.
Já a trilha sonora, ou “soundtrack,” como é popularmente conhecida, na linguagem cinematográfica, é uma compilação de músicas, que são executadas no decorrer do filme, com o propósito de ajudar a construir os climas do filme. Essas melodias, quando bem encaixadas com as imagens, substituem as falas e transmite exatamente, os sentimentos propostos pelo diretor. Mas vale lembrar, que no Oscar, apenas as soundtracks compostas para o filme, é que são premiadas e em Hollywood, elas, geralmente são orquestradas; isso, é uma marca da academia, apesar de não ser regra. O primeiro Oscar dessa categoria, foi entregue em 1935, para os compositores da trilha de “One Night of Love,” de 1934.
Em 1939, todos os recordes foram quebrados, com a produção do filme “The Wizard of Oz,” aqui, “O Mágico de Oz.” Apesar de ter sido um fiasco nas bilheterias, seu sucesso posterior, vigora até os dias de hoje. Sua trilha sonora, é uma obra prima e a versão de “Over the Rainbow,” se tornou uma das canções mais famosas do final da década de 1930.
Muitos dizem, que esta canção, personifica as esperanças e sonhos de uma geração, que mudaria sutilmente a forma de ver o mundo ideal, com mais amor e alegria. Foi especialmente escrita, para mostrar os talentos de “Judy Garland” e essa canção, a acompanharia durante toda sua vida; pois, em todas as suas aparições públicas, ela, era solicitada a cantá-la.
Olha, existe uma trilha sonora, que é mundialmente conhecida, eu me arrisco a dizer, que talvez, seja a trilha sonora, mais conhecida do mundo; se não for do mundo, pelo menos, de um certo período, ela é. Essa trilha sonora, foi orgulhosamente, composta por um brasileiro. Vejam que ótima notícia! Mas a má notícia, é que ele faleceu, dia 18 de dezembro de 2018. Estou falando de “Waltel Branco,” um violinista, arranjador e compositor brasileiro, que estudou música e trilha sonora nos E.U.A e ao lado do maestro “Henry Mancini,” compôs a trilha sonora de “The Pink Panther” (A Pantera Cor de Rosa), de 1963.
Olha, muitos também, são os cinéfilos que consideram as trilhas sonoras dos filmes, estilo Faroeste, as melhores do cinema. E quem sou eu pra discordar… Dentre tantos compositores do estilo, “Ennio Morricone,” é um dos maiores da história do Cinema, tendo trabalhado com os grandes diretores do estilo. O maestro, foi inovador e ficou conhecido por grandes composições, em filmes como: “Era uma Vez no Oeste” e o meu preferido, “Três Homens em Conflito,” de 1966.
Centenas de outras soundtracks, tornaram-se notáveis e cinto não poder citar todas aqui, é uma injúria, eu sei, mas sou obrigado a lembrar de uma delas, que foi muito impactante para mim; a trilha sonora de “2001: Uma Odisseia no Espaço.” “Stalin Kubrick,” havia encomendado uma trilha original, com o famoso compositor de Hollywood, “Alex North,” , que havia composto as trilhas para “Spartacus,” mas Kubrick, resolveu abandonar a trilha original e em seu lugar, usar peças clássicas, que ele havia montado na pré-produção, como guias. Ele, achou que as guias ficaram melhores que a soundtrack original.
Na cena clássica, “o pensamento e a descoberta,” quando hominídeos, supostamente, descobrem a possibilidade de usarem ferramentas, Kubrick, sonorizou com a peça de “Richard Strauss,” executada pela “Orquestra Filarmônica de Berlim” e cara, não tem como não ficar hipnotizado pela cena.
Conforme os anos se passaram, as tendências foram mudando, as tecnologias evoluíram e o cinema e a música, estavam em perfeito sincronismo. Os filmes musicais, com certeza, levavam vantagem nesse quesito, mas a dramaticidade das composições, na minha humilde opinião, atingiram o auge, quando “John Williams,” entrou em cena; um compositor, que fez as minhas trilhas sonoras preferidas do cinema, mas, essa é só a minha opinião, tá? E o motivo de eu ser tão fã, foi uma soundtrack específica, que me fazia alugar os filmes do “Indiana Jones,” que eu já havia assistido dezenas de vezes, apenas para ouvir a orquestra executando, a trilha sonora completa no final do filme, sabe? Quando sobe os letreiros. Era uma peça orquestral imensa, sem letras, que conseguia me fazer rir, ficar triste, em alerta, corajoso e sempre, até hoje, me arranca lágrimas de alegria. Incrível! É até difícil de explicar, talvez, ouvindo um pouco, vocês notem.
John Williams, é considerado um dos maiores compositores da história do cinema, tanto pelo volume de sua obra, como pela sua popularidade. Com 51 indicações, é a segunda pessoa mais indicada ao Oscar da história, perdendo apenas, para “Walt Disney.”
Seu trabalho para o cinema, é marcado por um estilo grandioso, onde facilmente, é reconhecido pelo público. Em sua carreira, já soma cerca de 112 prêmios e 220 indicações. É o compositor de trilha sonora, mais premiado da história.
Por ser muito popular, por diversas vezes, a obra de Williams, é considerada piegas, por alguns cinéfilos, talvez por ser muito popular. Eu, pessoalmente, gosto muito de cinema, mas, estou longe de ser um cinéfilo… eu, gosto muito mais, é das músicas e o que esse cara criou, acabou tatuado aqui, na minha memória auditiva e talvez, na sua também. Vamos fazer uma brincadeira? Eu toco o tema composto por John Williams e você, tenta adivinhar o nome do filme. Bora lá, Cocão! Solta a primeira aí…
Essa é moleza, né? É a trilha sonora de “Jaws” (Tubarão), de 1975. John Williams, ganhou seu segundo Oscar e marcou o início de uma grande parceria, com o diretor “Steven Spielberg.”
Rola mais uma do John aí, Cocão…
Fácil demais, né? É a trilha de “Superman,” de 1978.
Vamos deixar um pouco mais difícil, Cocão…
Essa aí, é um pouco diferente das demais, mas, é por um bom motivo; essa, é a trilha sonora de “A Lista de Schindler,” de 1993, que também rendeu uma estatueta a Williams.
Agora, essa aqui, eu duvido que você adivinha…
Não deu nem graça, né, Cocão? “Star Wars,” de 1977. É o clássico dos clássicos.
Essa aqui, também é molezinha, ó…
Isso aí… “E.T. O Extraterrestre,” de 1982. Telefone, minha casa…
Vai mais uma, Cocks…
Essa, é a trilha de “Jurassic Park,” de 1993. Cara, vocês percebem, como as cenas dos filmes nos vem à memória, só com a trilha? Não é qualquer um que consegue essa façanha.
E para fechar, essa aqui ó, se liga…
Ah, essa aí, acho que você não adivinhou. Essa, é a trilha que John Williams, compôs para “Harry Potter e a Pedra Filosofal,” de 2001.
Você, consegue imaginar, “Rocky Balboa,” com a cara toda ferrada, prestes a perder a luta para “Apollo Creed,” sem tocar essa música? O filme, jamais faria sentido sem esse tema. Ele, se chama: “Gonna Fly Now.” É a música tema, do filme “Rocky,” de 1976, composta por “Bill Conti.” Essa música, tornou-se parte da cultura popular americana, principalmente, com a cena, onde “Stallone,” sobe os 72 degraus, que levam à entrada do “Philadelphia Museum of Art” e levanta os braços em pose de vitória; tudo isso, enquanto a música toca. Hoje, Gonna Fly Now, se tornou obrigatória em eventos esportivos.
Até agora, estamos falando sobre trilhas sonoras, certo? Mas o mercado fonográfico, acabou sendo moldado também pelos temas originais, que nas lojas, vendiam milhares de discos. O mesmo, Rocky Balboa, tem uma história interessante. Prestes a lançar “Rocky III,” Silvester Stallone, que é diretor e escritor dos filmes da série, recebeu uma negativa do “Queen.” A banda, não autorizou que ele, usasse a canção “Another One Bites the Dust,” então Stallone, encomendou uma canção com a banda “Survivor,” pedindo que fizessem algo parecido com o que o Queen havia feito e assim, nasceu “Eye of the Tiger.” O sucesso foi tão grande, mas tão grande, fora das telas, que a canção, ainda ficou 6 semanas em primeiro lugar da “Billboard hot 100.”
O site americano, “Business Insider,” publicou uma lista com as 10 melhores músicas originais de filmes. A seleção, foi o resultado da votação de vários críticos de cinema. Eles, levaram em conta, os hitz que se tornaram tão populares, quanto os filmes, para os quais foram encomendados e que não podem ser dissociados deles, no imaginário coletivo.
O primeiro lugar, ficou a cargo de “Eye of the Tiger,” que eu acabei de citar. Essa lista, representa muito bem, a minha forma coloquial de eleger os hitz criados para o cinema, pois leva em conta, o quão essa música, ficou popular nas rádios também. Então vou usá-la como referência, além disso, depois, você pode conferir essa playlist no Spotify e no Deezer.
Em segundo lugar, entre as 10 melhores canções originais, ficou “Mrs. Robinson,” uma canção da dupla “Simon & Garfunkel,” encomendada para o filme de 1967, “The Graduate” (A Primeira Noite de um Homem). “Mrs. Robinson,” tornou-se mais famosa que o filme, alcançando o primeiro lugar, na Billboard Hot 100 e o top 10, de vários outros países. Em 1969, tornou-se a primeira música de Rock, a ganhar o “Grammy.”
No terceiro lugar, os críticos, elegeram “Stayin Alive,” ” uma música Disco, escrita e executada pelos “Bee Gees,” sob encomenda para o filme “Saturday Night Fever” (Os Embalos de Sábado a Noite), de 1977. Se liga nessa história… os Bee Gees, estavam sem baterista na época e testavam a inserção de uma bateria eletrônica, que lhes soavam muito artificial. Então, o engenheiro de som, “Karl Richardson,” recortou a fita e fez um loop, com um trecho da bateria de uma outra música dos Bee Gees. Incrivelmente, o ritmo se mantinha constante e não soava artificial. Esse, foi um dos segredos do sucesso dessa canção. O engraçado, é que o tal baterista virtual, era constantemente requisitado, para gravar com outros artistas e os Bee Gees, acabaram o apelidando de “Bernard Loop” e o nome, ainda aparece nos créditos do disco.
“Stayin ‘Alive,” também atingiu o primeiro lugar na Billboard Hot 100, por quatro semanas e está na lista, das 500 melhores canções de todos os tempos, da Rolling Stone. .
Em quarto lugar, os críticos mandaram muito bem, sou até suspeito para falar; se fosse eu, colocaria em segundo lugar facilmente, mas seria injusto, quarto lugar, já está de bom tamanho.
Estou falando, de quando “Ray Parker Jr.,” compôs a canção tema, do filme “Ghostbusters,” de 1984. A canção que leva o mesmo título do filme, também se tornou um grande sucesso, sendo número 1 nas paradas da Billboard por três semanas e ainda, rendeu a Parker Jr., uma nomeação ao Oscar, na categoria de melhor canção original.
Mas curiosamente, em 1984, “Huey Lewis,” um conhecido compositor de trilhas sonoras, processou Ray Parker Jr,. por plágio, alegando que a canção, fôra roubada dele. Lewis, ganhou, pois conseguiu provar, que apresentou um tema parecido, quando havia sido sondado, para compor a trilha de “Os Caça Fantasmas.”
Em 1984, chegava mais um hit nas paradas da Billboard, que ficaria por 3 semanas no topo. O filme, lançava “Kevin Bacon” ao estrelato e a música tema, com o mesmo nome do filme, “Footloose,” foi encomendada e composta por “Kenny Loggins,” ficou em quinto lugar na lista e até dispensa elogios, pois se tornou o hino de uma geração.
Na sexta colocação, esta outra música que na minha opinião seria uma das primeiras, “The Power of Love,” foi encomendada para o filme “Back To the Future” (De Volta para o Futuro), de 1985. É a canção que a banda de “Marty Macfly,” os “Pinheads,” sobem ao palco para tocar, nas seletivas do colégio. Quem compôs essa canção, foi “Huey Lewis,” aquele compositor, que processou Ray Parker Jr., por plágio, na canção Ghostbuster. E a grande curiosidade, é que Huey Lewis, negou trabalhar na trilha de Ghostbusters, para dedicar-se exclusivamente, ao filme De Volta para o Futuro. Foi uma boa decisão, pois sua banda, “Huey Lewis and the News,” emplacaram alguns sucessos, posteriormente.
Em sétimo lugar, os críticos, elegeram a canção tema do filme “Top Gun: Asas Indomáveis,” de 1986. “Danger Zone,” ” é uma música composta por “Giorgio Moroder” e interpretada, pelo cantor “Kenny Loggins.” Na época, os diretores do filme, tinham mais de 300 músicas em mãos, mas nenhuma lhes agradou, então, encomendaram “Danger Zone.” Incialmente, a banda “Toto,” foi convidada para gravá-la, mas por desacordos financeiros, deixaram o projeto, que foi assumido por “Braiam Adams,” mas ao entender que o filme glorificava a guerra, Adams, também abandonou o projeto e quem assumiu e a gravou, foi “Kenny Loggins,” que por acaso, é o compositor de “Footloose.”
Em oitavo lugar, um nome de peso, talvez de todas, a canção mais bem sucedida do ramo fonográfico. “Flashdance, What a Feeling,” foi encomendada em 1983, como canção original do filme “Flashdance.” Foi composta também, pelo italiano “Giorgio Moroder” e interpretada por “Irene Cara.” Quando eu digo, que essa é a canção mais bem sucedida, é porquê, Flashdance, What a Feeling, encabeçou a Billboard Hot 100, por 6 semanas, faturou o Oscar e o Globo de Ouro, de melhor canção original, levou o Grammy, por melhor performance vocal feminina, além de render um disco de platina, para a cantora Irene Cara.” Brinca!..
No nono lugar, mais uma canção pesada, “Don’t You Forget About Me,” da banda escocesa, “Simple Minds.” Mas se engana quem pensa, que esse clássico, é de autoria deles; acontece, que em 1984, o diretor “John Hughes,” estava produzindo “The Breakfast Club,” ou, “Clube dos 5,” encomendou essa canção, com o compositor “Keith Forsey,” que entregou essa obra prima, então, Hugues, convidou “Billy Idol” para interpretá-la, mas ele negou. Eles, queriam um nome de peso, que promoveria a canção e também o filme, então, o compositor Forsey, indicou o Simple Minds, que vejam só, também negou, alegando, que não gravariam músicas comerciais de outros compositores, mas a gravadora da banda e o estúdio que produzia o filme, tinham parcerias comerciais e o Simple Minds, acabou de certa forma, obrigados a gravar, Don’t You Forget About Me. Eles, entraram no estúdio e em 3 horas, ajeitaram o arranjo, gravaram a canção e esqueceram.
No ano seguinte, o filme foi lançado e como sabemos, a canção, foi para o topo das paradas. É a única canção do Simple Minds, que atingiu o primeiro lugar no Hot 100 da Billboard e ainda, conseguiu se manter lá, por 3 semanas.
E fechando a lista, com as 10 músicas mais icônicas, criadas para o cinema, está “Raindrops Keep Fallin on My Head.” É uma canção escrita, para o filme de 1969, “Butch Cassidy & Sundance Kid,” e Ganhou o Oscar de Melhor Canção Original. A música foi gravada pelo intérprete, “BJ Thomas,” que estava se recuperando de uma laringite, o que fez, sua voz soar grave e rouca. A canção, chegou na posição 4 da Hot 100, mas, o que a deixa ainda mais saborosa e impactante no mundo do cinema, é que foi usada várias vezes, em outros filmes icônicos, como em “Spy Hard” (Duro de Espiar), de 1996; em “Fly Circus,” de “Monty Python,” em 1974; em “Forrest Gump,” de 1994 e em “Spider Man 2,”, de 2004, naquela cena, acentuando o estado de espírito de Peter Parker, depois de abandonar sua identidade de Homem-Aranha…
Inegavelmente, essa, é uma canção, que tem cheiro de pipoca, não? E eu fico imensamente feliz, em poder trazer certas curiosidades do mundo musical pra você. Hoje, falamos sobre cinema, que não é muito a minha praia, mas cara, como é delicioso pesquisar a respeito. Sei que deixei muitas canções de fora, e sim, é um sacrilégio. Poxa, Let it Go… Sing in The Rain… Titanic… nem do mother-fucker do Tarantino eu falei… mas é por um bom motivo; talvez, um dia, falarei exclusivamente, sobre a obra dele.
Poxa Gilsão, mas mesmo assim… e o Ghost… Easy Rider, com Born To Be Wield… New York, New York… Grease… No Tempo das Brilhantinas… Rapaz, seria preciso mais um episódio. Então, vamos combinar assim… se sentiu falta de alguma canção clássica do cinema nesse episódio, escreva pra gente nas redes sociais; estamos no Instagram, no Facebook, no YouTube e no Twiter. Procure por: “Clube da Música Autoral” e só de seguir, você já começa a fazer parte desse clube.
E volto a lembrar, se o Clube, é importante para você, saiba que pode nos apoiar, sendo um sócio, acesse: clubedamusicaautoral.com.br/assine e conheça os prêmios, que você recebe em troca do seu apoio.
Como esse foi um episódio extra, leve e saudosista, ele, merece fechar com uma canção a altura; “Pharrel Williams,” compôs uma sensacional canção para o filme, que aqui em casa é um sucesso absoluto entre a criançada, “Meu Malvado Favorito 2,” de 2013, que se tornou um enorme sucesso fonográfico, faturando vários prêmios nas indústrias,, tanto do cinema, quanto da música. Você, com certeza, já ouviu, ela, se chama “Happy.”
Bom, é isso então… a edição do Clube da Música Autoral, agora, é do Rogério Silva e eu, sou o Gilson de Lazari.
Foi um prazer falar de música com você.
Até a próxima!
Olha que delícia esse episódio, ouvindo as trilhas e lembrando dos filmes da minha infância e adolescência. Me deu até um friozinho na barriga quando tocou a trilha do Indiana Jones (minha favorita). Essa playlist vai pros favoritos
Gilson, você faz um excelente trabalho!! Sou fascinada pelos seus PodCasts! Mais pessoas precisam conhecer o seu trabalho, divulga mais no instagram, nas outras redes sociais, faça posts relacionado a músicas lá também, garanto que nos assinantes do Clube iríamos adorar! Parabéns, cara!
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