Que o Led Zeppelin é uma das maiores bandas de todos os tempos, ninguém nega, muitos também dizem que eles são os criadores do Heavy Metal, mas o que chama mesmo a atenção é o fato de terem composto a música mais tocada da história do rádio… “Stairway to Heaven.”
Formato: MP3/ZIP
Tamanho: 66 MB
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Roteiro e locução: Gilson de Lazari
Revisão: Camilla Spinola e Gus Ferroni
Transcrição: Camilla Spinola
Arte da vitrine: Patrick Lima
Edição de áudio: Rogério Silva
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Não tem pra ninguém. Quem é fã do Led Zeppelin os considera a melhor banda da Terra e, também, do Céu. Mas o Led Zeppelin acabou em 1980, deixando muitos fãs órfãos do que muitos consideram ser a primeira banda de heavy metal. A causa do fim foi a morte do baterista John Bonham e, com respeito e sem ser vago, é por onde quero começar contar nossa história de hoje… pelo fim.
Em 1980 John Bonham, o lendário baterista do Led Zeppelin, havia finalmente conseguido se livrar da heroína. Em contrapartida, começou a beber além da conta. Aliado a isto, também estava usando uma droga chamada “Motival”, que havia sido recomendada por seu médico para aliviar a ansiedade durante os períodos iniciais de abstinência. John Bonham não suportava ficar longe da família por muito tempo e, como fuga, se drogava e fazia um monte de merdas típicas dos rockstars “setentistas”. Porém, dizem que Bonham, na época estava consumindo apenas álcool.
No dia 24 de outubro, os produtores do Led Zeppelin haviam marcado uma reunião no Bray Studios. O objetivo era discutirem como seria a nova turnê americana que estava agendada e dar uma ensaiadinha de leve, antes da tradicional festinha na casa de Jimmy Page. Durante a viagem, Bonham, entediado, tomou quatro doses quádruplas de “screwdriver” vodca misturada com suco de laranja, e ficou “legalzão”.
Ao chegar em Berkshire, ele se encontrou com Robert Plant e, juntos, foram em direção ao estúdio. No caminho, Bonzo, como era conhecido na banda, teve uma conversa filosófica com Plant, afirmando que estava triste, pois sentia que já não era mais o mesmo baterista de antes. A angústia de Bonzo se devia ao último show do Led, que precisou ser encerrado após a terceira música. Ele simplesmente caiu da bateria desmaiado de tão bêbado. E disse, brincando ao vocalista do Led, “vamos fazer o seguinte: no ensaio, eu canto e você toca bateria”.
Ambos riram e Bonham continuou bebendo durante a reunião e durante o ensaio. E, como combinado, depois dos compromissos, foram relaxar numa confraternização na casa de Jimmy Page, onde bebeu pelo menos mais duas ou três doses duplas de vodca, antes de apagar no sofá. O assistente da banda, Rick Hoggs, por volta da meia-noite, o carregou para uma cama. Até aí, tudo bem, pois não era a primeira vez que Bonham desmaiava de tanto beber.
Mas, no dia seguinte, o técnico de som, Benji LeFevre, ao tentar acordá-lo, encontrou o baterista do Led sem pulso e com a pele azulada. Bonham aparentemente estava morto. Todos entraram em pânico, chamaram os paramédicos e o diagnóstico foi confirmado: “suicídio acidental”. Bonzo bebeu quarenta dozes de vodca em um intervalo de doze horas, e, ao dormir, supostamente teria se sufocado em seu próprio vômito.
As notícias da morte do baterista do Led Zeppelin se espalharam rapidamente, afinal, ele era um astro do rock e o mundo da música sentiria essa perda para sempre. Alguns fãs mais xaropes acusaram Jimmy Page de estar envolvido com a morte de Bonzo. O clima ficou péssimo e, dois meses após o velório do baterista, depois de muita pressão da gravadora que tentava convencê-los a substituir Bonzo, o Led Zeppelin fez um comunicado oficial anunciando o fim da banda. O motivo? Bonham era insubstituível e o Led Zeppelin jamais soaria igual sem ele.
Triste fim do Led Zeppelin, não? Mas se você perguntar para 10 bateristas qual é o melhor representante do instrumento percussivo, 8 dirão com a boca cheia: John Bonham. Suas características de tocar envolviam velocidade, potência, técnica própria e muita personalidade. Porém, quem seria John Bonham sem o Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones? É impossível separá-los. Então, Cocão, vamos voltar essa fita para lembrar como surgiu o Led Zeppelin:
James Patrick Page, mais conhecido como Jimmy Page, é o Zeppelin, mais importante da nossa história. Ele nasceu no subúrbio de Heston, em Londres no dia 9 de janeiro de 1944. Seu pai era gerente em uma indústria de revestimentos plásticos e sua mãe era secretária em um consultório médico. Quando Page ainda era criança, a família se mudou para o subúrbio de Epson Surrey e, na nova casa, o jovem Jimmy encontrou um violão. Sim, ele achou o instrumento. Talvez os antigos moradores o tivessem esquecido, ou mesmo abandonaram. Mas, supersticiosos insistem que isso não era por acaso. O fato é que aos 12 anos, de forma autodidata, ele já sabia tocar os primeiros clássicos do rockabilly. Inclusive a música de Elvis Presley ” Baby Let’s Play House ” é citada por Jimmy Page como sua maior para tentar uma das que mais treinava, enquanto tentava aprender a tocar o violão.
Jimmy Page ficou eternizado por aparecer nas fotos sempre com sua Gibson Les Paul Sumburst em punho, mas sua primeira guitarra elétrica de corpo sólido foi uma Futurama Grazioso de 1959, que mais tarde foi substituída por uma Fender Telecaster, com a qual ele gravaria a maioria dos sucessos do Led no futuro. Porém, o que atraiu Page para a Telecaster foi ver e ouvir Buddy Holly na TV tocando esse modelo de guitarra.
Jimmy Page montou um conjunto no estilo skiffle, que era a onda musical do momento, e com esse grupo até se apresentou em um programa de TV. Mas, a invasão do rock americano foi avassaladora e fez a cabeça de praticamente todos os jovens britânicos. Agora, com o nome artístico de James Page, ele montou sua primeira banda de rock, chamada The Paramount, e se apresentavam em pequenos pubs tocando covers de Chuck Berry e Jerry Lee Lewis.
Em um desses shows, o cantor Neil Christian viu em Page uma boa aposta. Ele tinha apenas 16 anos. Mesmo assim, convidou-o para integrar sua banda de apoio. Page caiu na estrada e passou a desenvolver seu estilo único de tocar. Em 1962, entrou no estúdio pela primeira vez para gravar uma canção de Neil Christian chamada The Road To Love. Se liga na guitarra.
Porém essas turnês eram insanas e desestruturadas. Page acabou ficando doente e saiu da banda. Logo, recebeu uma proposta para ser músico de apoio dos estúdios da Columbia Graphophone Company. E lá conheceu todos os figuras importantes da indústria musical da época, como os guitarristas Eric Clapton e Jeff Beck, além das bandas, The Who, The Beatles, Pink Floyd e principalmente o The Yardbirds, de que Jimmy Page era fã…
Como músico de estúdio, não demorou para ele evoluir para produtor musical e começar a produzir grandes nomes. Jimmy Page assinou a produção de muitos cantores britânicos famosos da época, como Joe Cocker por exemplo. Aliás, ele é o guitarrista que gravou essa canção aqui ó…
Sensacional… Mas, ao mesmo tempo que produzia e gravava grandes discos dos anos 60, Jimmy Page também tentava montar um supergrupo e, quando Eric Clapton saiu dos Yardbirds, Jimmy Page segurou a onda com uma formação alternativa. Ele assumiu o baixo e convidou Jeff Beck para a guitarra. Porém, essa era uma banda mutante e até o baterista do The Who, Keith Moon, chegou a tocar com eles. Page assumiu os compromissos da banda e partiu para a estrada, assinando como The New Yardbirds, porém os atuais parceiros eram muito famosos e requisitados e o projeto não andou. Keith Moon brincou, dizendo que eles eram como um dirigível de chumbo: incapazes de decolar.
Para substituí-los nos compromissos já assumidos, Page convidou o baterista John Bonham e, após a negativa do vocalista Terry Read, sua segunda opção foi Robert Plant, um cantor de blues que gostava de gritar… John Paul Jones, era parceiro de produções de Page e se ofereceu para tocar o baixo. E essa viria a se tonar a formação definitiva do Lead Zeppelin ou, se preferir na tradução, do Dirigível de Chumbo que Keith Moon sugeriu.
Antes de formar o Led Zeppelin, o supergrupo organizado por Jimmy Page gravou essa faixa instrumental que ouvimos, chamada Beck’s Bolero com Jeff Beck na guitarra, John Paul Jones no baixo e Jimmy Page produzindo e tocando violão. Na bateria, Keith Moon. Foi nessa gravação, que ele deu a ideia de se chamarem Lead Zeppelin. Essa formação não deu certo, mas Page gostou do nome e, com o respaldo do produtor musical e multi-instrumentista John Paul Jones, a ideia do supergrupo começou a tomar forma.
John Richard Baldwin nasceu dia 3 de janeiro de 1946 e é mais conhecido por seu nome artístico John Paul Jones. Ele começou a tocar piano com apenas 6 anos e o professor foi seu próprio pai, Joe Baldwin, que era pianista e arranjador das grandes bandas britânicas das décadas de 1940 e 50. Aos 14 anos, John tornou-se regente do coral da igreja e, nesse mesmo ano, comprou seu primeiro baixo elétrico. Ficou fascinado pelo instrumento grave e se aprimorou, até finalmente comprar seu primeiro Fender Jazz Bass 1962, que seria usado futuramente na maioria das gravações do Led Zeppelin. John Paul Jones tocou em várias bandas, até que, em 1964 foi convidado para ser músico de apoio nos estúdios da Decca Records, aquela gravadora famosa por ter recusado um contrato com os Beatles, sabe?
John Paul Jones era um ótimo arranjador e logo se tornou produtor musical, tocando em vários discos de sucesso da época, como dos Rolling Stones, por exemplo. Ele conheceu Jimmy Page nos corredores dos estúdios londrinos e desenvolveram uma sólida amizade. Tanto que John ofereceu seus trabalhos gratuitamente ao amigo. Mas, o supergrupo só começou a tomar forma quando conheceram um vocalista de blues chamado Plant, Robert Plant.
Robert Anthony Plant nasceu no dia 20 de agosto de 1948 em Black Country. Seu pai era engenheiro militar e sua mãe fazia parte de um grupo Romanichal, algo que seria o equivalente aos ciganos aqui no Brasil. Plant confessa que a primeira vez que sentiu vontade de cantar foi quando, ainda criança, ouviu Elvis Presley e passou a imitá-lo.
Aos 16 anos saiu da casa de seus pais para trabalhar como construtor de estradas e vendedor em lojas de departamentos. Nas horas vagas, estudava contabilidade e cantava nos pubs acompanhado por conjuntos de Blues. Suas influências iniciais incluíam Bukka White, Skip James, Jerry Miller e, principalmente, Robert Johnson. Plant participou de inúmeras bandas e gravou muitos compactos que não tiveram qualquer repercussão. Ouça uma dessas raras gravações.
Robert era o cara que topava qualquer jam, pau pra toda obra, e certa vez topou ingressar no Crawling King Snakes. Lá conheceu um baterista muito bom, um filho da mãe que tocava tão alto que mal conseguia ouvir sua própria voz enquanto cantava. Plant ficou de cara e o convidou para formarem outra banda, o Band of Joy. Esse baterista vocês sabem quem é né?
John Henry Bonham nasceu no dia 31 de maio de 1948, em Redditch, ele é filho de Joan e Jack Bonham e começou a aprender bateria aos cinco anos, quando montou um kit de baldes e latas de café, passando a imitar seus ídolos Max Roach, Gene Krupa e Buddy Rich. Sua mãe lhe deu uma tábua de lavar roupas, que servia como instrumento percussivo durante o movimento do skiffle. Vendo talento no filho, aos 15 anos seu pai lhe deu seu primeiro kit de bateria verdadeiro: um conjunto de tambores da Premier. Bonham nunca teve aulas de bateria e isso é incrível, principalmente se pararmos para pensar que ele desenvolveu sozinho técnicas primorosas, como a tercina, tocada com o pé em um pedal de bumbo simples. Um desafio que, até hoje, 60 anos depois, não é qualquer baterista que consegue dominar.
John Bonham era o baterista dos sonhos de qualquer banda de rock. Jimi Page e John Paul Jones, dois audazes produtores musicais. E Robert Plant, um sensual vocalista de voz potente e cabelos cacheados esvoaçantes. Mesmo que não fossem famosos, inegavelmente se tratava de um supergrupo de rock, mas eles precisavam também de respaldo financeiro e experiência no show business… Aí entra na nossa história o quinto Zeppelin, Peter Grant.
Peter Grant foi manager do Led Zeppelin desde a criação da banda em 1968 até o fim, depois da morte de Bonham. Quando Jimmy Page foi impedido de usar o nome The New Yardbirds, o manager era Grant e, juntos, idealizaram planos lucrativos para o supergrupo que Page estava formando. Mas, precisavam de um novo nome e Page lembrou do que Keith Moon havia lhe dito, Lead Zeppelin, trocou o Lead por Led e passaram a desenvolver o conceito. Vale lembrar que os quatro integrantes estavam apaixonados uns pelos outros musicalmente. Como eu já disse, John Bonham era uma locomotiva, John Paul Jones era o virtuoso, Jimmy Page era o produtor musical e Robert Plant, o carisma e a sensualidade.
Jimmy Page e Peter Grant estavam tão empolgados com a sonoridade original do Led que não tiveram dúvidas e bancaram do próprio bolso uma sessão de gravação no Olympic Studios em Londres: uma sessão de apenas 30 horas que viria a se tornar o primeiro disco do Led Zeppelin.
Communication Breakdown estava no repertório e seria um dos grandes sucessos desse disco. Porém, como sempre digo, não basta ter talento. Precisa ter sorte e estar no lugar certo na hora certa. Eu te garanto, caro ouvinte: é duvidoso que o Led Zeppelin tivesse tido tanto sucesso sem Peter Grant costurando contratos nos bastidores.
Ele era um grande homem, literalmente, tá? Dois metros de altura e 140 quilos. Grant, usou toda sua experiência no mercado musical para fechar grandes negócios para o Led Zeppelin. E, logo no primeiro disco, conseguiu, sabe-se lá como, um contrato com a Atlantic Records de 143 mil dólares. Em valores atuais, seria mais de um milhão de dólares. Na época, foi o maior contrato já assinado por uma banda. Peter Grant é um dos managers mais astutos e cruéis da história do rock. Mas, foi assim, no dia 12 de janeiro de 1969, que chegava às lojas dos E.U.A o primeiro álbum homônimo do Led Zeppelin. Na primeira faixa, Good Times Bad Times.
O disco só foi lançado na Europa dois meses depois. Como Peter Grant sabia que os Europeus valorizavam mais as bandas americanas, ele fez uma estratégia de inverter as datas de lançamento e deu certo. O Led chegou na Grã-Bretanha como uma novidade americana. Além do rock-and-roll agressivo, o primeiro disco do Led trazia também umas misturas inusitadas de músicas regionais e muito blues que, inegavelmente, era a principal referência da banda, como podemos ouvir em You Shook Me.
Muitos consideram o Led uma banda revolucionária. Aliás, a primeira banda de heavy metal. Mas, quem revolucionou ainda mais foi Peter Grant. Ele acreditava firmemente que as bandas poderiam ganhar mais dinheiro e ter mais mérito artístico concentrando seus esforços em álbuns, e não em singles. Ele fez a leitura inovadora de que as apresentações ao vivo eram mais importantes do que as aparições na televisão. Em suma, Grant fez um marketing totalmente ao contrário do que as bandas da época vinham fazendo, ele escondeu os integrantes da mídia e criou um clima de obscuridade.
Se alguém quisesse ver o Led Zeppelin, tinha que ir aos shows. E é incrível como aquilo deu certo, pois ao chegar ao show o público se deparava com um conceito artístico incrível: Page e seus riffs distorcidos, Paul Jones e Bonham quebrando tudo na cozinha, enquanto Plant desfila pelo palco em performances sedutoras, com a camisa entre aberta e um jeans apertado. Nasciam ali os sex symbols do heavy metal.
No seu primeiro ano de atuação, o Led Zeppelin fez 4 turnês na América e 4 na Europa. Os caras eram insanos e, nas folgas, eles não descansavam não. Alugavam estúdios onde quer que estivessem e iam gravar. Moral da história? No mesmo ano, 1969, no dia 22 de outubro chegava às lojas o segundo disco: Led Zeppelin II.
aí, fudeu, meu irmão. Led Zeppelin II foi um megassucesso comercial. O primeiro álbum da banda a alcançar o número um nas paradas, tanto no Reino Unido quanto nos EUA. Um disco considerado por muitos fãs o melhor da banda. Tanto que já vendeu mais de 12 milhões de cópias.
Bom, daí, é o seguinte: vocês sabem que nos anos 70 houve muito abuso de drogas, principalmente nas festas da high society, entre artistas e boêmios intelectuais. Nos anos 70 o bagulho foi louco. E não é à toa que muitos talentos se foram por causa desse abuso.
O detalhe é que o Led Zeppelin era uma banda que sabia separar as coisas. Todos eram casados e, quando estavam na Inglaterra de folga, ficavam de boa com suas famílias vivendo como camponeses no interior. Mas, quando saíam em turnê, meu irmão…
Peter Grant narra que, ao fazer check-in nos hotéis, ele já adiantava mil dólares pelos prejuízos que previa que iriam ocorrer. Certa vez, John Bonham invadiu o hotel com uma motocicleta e perambulou pelos corredores muito doido. Em outra ocasião, convenceram o próprio gerente do hotel a subir no quarto e jogar a televisão pela janela… Uma sensação muito boa, segundo Grant, e que se repetia em todos os hotéis onde eles se hospedavam.
Em 1970, Page e Plant se retiraram para o chalé Bron-Yr-Aur, um local remoto no País de Gales. Lá eles iniciaram o trabalho para seu terceiro álbum, Led Zeppelin III. Jimmy Page estava influenciado pelo ocultista Aleister Crowley e a mensagem clássica: “Faz o que tu queres, há de ser tudo da Lei”. Crowley é conhecido por ter influenciado muitos escritores e músicos com seus temas obscuros. O resultado das composições no chalé foi um disco mais acústico e fortemente influenciado pelo folk e pela música celta, mostrando toda a versatilidade da banda.
O rico som acústico do álbum recebeu inicialmente reações mistas, com críticos da imprensa e fãs surpresos com a virada dos arranjos, comparado com os dois primeiros álbuns. Isso alimentou ainda mais a hostilidade da banda na imprensa musical. Vale lembrar que o Led Zeppelin demorou muito tempo para ser aceito pela imprensa britânica, tá?
Immigrant Song é a faixa de abertura do Led III e, sem dúvidas, um hino do heavy metal. Na letra, Page e Plant falam sobre as invasões vikings da Inglaterra, e vale lembrar que essa faixa foi tema de vários filmes de Hollywood. Deixa tocar, Cocão…
Há quem diga, também, que o comportamento marginal nos hotéis era apenas uma questão de marketing. Para Peter Grant, as críticas negativas da imprensa promoviam ainda mais a banda e, para desafiar os críticos, o Led Zeppelin anunciou que lançariam um disco sem título, sem nome da banda e sequer nome dos integrantes. E, assim, provariam para a imprensa que eles eram foda. O quarto álbum do Led é conhecido como o disco sem título, que acabou apelidado de Led IV e, como prometido, nenhuma referência da banda na capa. Apenas 4 símbolos ocultistas na contra capa, que a banda fazia questão de não explicar o que era, gerando ainda mais especulação e deixando a imprensa ainda mais p da vida…
Em 8 de novembro de 1971 Led IV chegou às lojas. Esse é o best-seller da banda e vendeu mais de 37 milhões de cópias em todo o mundo. Aliás, é o quinto álbum musical mais vendido do mundo. E não é pra menos. Se liga na pedrada:
É nesse disco que lançaram Stairway To Heaven, mas é nele também que está a segunda música mais conhecida do Led, que se tornou a preferida nos concertos ao vivo e a número 1 nos EUA… Rock and Roll
Muito bom, né, cara? E vale lembrar, que o sucesso avassalador de vendas desse disco fez a imprensa musical se ajoelhar ao Led, pois foram finalmente obrigados a reconhecê-los como os revolucionários do rock-and-roll que de fato eram.
Mas, e Stairway to Heaven, Gilsão? Como é sabido, essa se tornou a música de assinatura da banda e, apesar de nunca ter sido lançada como single, foi a canção mais tocada na história do rádio. A nossa história cronológica sobre o Led Zeppelin vai até aqui, pois agora é hora de soltar a vinheta, Sir Cocão, para falarmos sobre o tema do episódio 35 do Clube da Música Autoral: Stairway to Heaven.
O Led Zeppelin começou a planejar Stairway to Heaven no início de 1970, quando eles estavam compondo as canções do Led III. Jimmy Page trabalhava na música em um gravador de oito canais em sua casa, experimentando diferentes acordes no violão.
Como a especulação da mídia em torno do Led Zeppelin era grande, em abril do mesmo ano Page disse aos jornalistas que a nova música da banda poderia ter 15 minutos de duração e a descreveu como algo que “construiria um clímax”, que culminaria na entrada da bateria de John Bonham e uma explosão de rock-and-roll jamais vista no mundo.
Em outubro de 1970, após cerca de 18 meses de testes, a música tomou forma. Jimmy Page e Robert Plant explicaram que começaram a trabalhar na letra no chalé de 250 anos chamado Bron-Yr-Aur, o mesmo lugar onde compuseram o Led III. Page estava totalmente envolvido com ocultismo, mas não dava bandeira na mídia. Porém, no chalé, às vezes contava histórias perturbadoras e filosóficas. Isso acabou dando à música uma magia mística, pois, segundo Page, poderia haver espíritos brincando dentro daquelas paredes enquanto eles escreviam Stairway To Heaven.
“Há uma mulher que acredita
Que tudo que reluz é ouro
E ela vai comprar uma escada para o céu
E quando chegar lá, ela saberá que
Se as lojas estiverem todas fechadas
Com uma só palavra ela conseguirá o que foi buscar
E ela vai comprar uma escada para o céu.”
Robert Plant passou boa parte dos anos 70 respondendo perguntas sobre essa letra e, quando perguntado por que a música era tão popular, ele dizia que isso dependia muito do ponto de vista e de que dia é hoje. Plant dizia que até ele mesmo, que a escreveu, poderia interpretar a música de várias maneiras diferentes.
O fato é que a letra dá algumas voltas bem loucas, mas inegavelmente o começo da música fala sobre uma mulher que acumula dinheiro, apenas para descobrir, da maneira mais difícil, que sua vida não tinha sentido e isso não a levaria ao céu. Esta é a única parte que Robert Plant realmente conseguiria explicar e, para fugir dos questionamentos, dizia que era sobre uma mulher egoísta que recebia tudo o que queria, mas nunca queria devolver nada.
“Há um aviso
Mas ela quer ter certeza
Pois você sabe, às vezes as palavras são ambíguas
Numa árvore perto do riacho
Um passarinho canta
Às vezes todos os nossos pensamentos são duvidosos.”
Relatos dos integrantes narram que Plant estava segurando um lápis e um papel e, por algum motivo, estava de muito mau humor. Então, de repente, ele estava escrevendo as palavras da letra: quando leram aquilo, quase pularam da cadeira. Era incrível aquela mensagem ter aparecido do nada… Estaria Plant abduzido e psicografando a letra de Stairway To Heaven?
O próprio Plant acreditava que algo mais estava movendo seu lápis, e esses depoimentos levaram à especulação de que forças ocultas estavam ditando as palavras. Junte isso com a conexão entre Jimmy Page e Aleister Crowley e teremos uma bela teoria da conspiração.
Jimmy Page havia comprado uma livraria que pertencera a Aleister Crowley e diversos imóveis. A ligação dele com o ocultismo era profunda e certa vez ele foi perguntado o quão importante Stairway To Heaven era para ele. Page respondeu assim: (abre aspas) “Quando a fizemos, pensei que ‘Stairway’ cristalizava a essência da banda. Tinha tudo lá e mostrava a banda na sua melhor performance… assim, como uma banda, uma unidade. Não estou falando de solos ou qualquer coisa. Tivemos o cuidado de nunca a lançar como single e isso foi um marco para nós e para a indústria musical. Todo músico quer criar uma obra duradoura. Algo que se mantenha por muito tempo na lembrança. E acho que fizemos isso em Stairway. Porém, sei que nunca mais conseguiremos repetir isso.” (fecha aspas)
Porque será que Jimmy Page tinha tanta certeza de que aquilo nunca mais poderia ser repetido?
“Eu sinto uma coisa ao olhar para o Oeste
E o meu espírito clama por ir embora
Em meus pensamentos, eu vi a fumaça subindo pelas árvores
E as vozes daqueles que observam.”
O que será que o Led Zeppelin sentia ao olhar para o Oeste? Referências da nova ordem de Golden Dawn, Rosacruz e demais publicações ocultistas citam o “Oeste”, representando o portal do templo, o mundo material. Já o Oriente simboliza o nascer do sol, a luz. É bom lembrarmos que, em certas escrituras ocultistas, o Oeste também é representado pela morte.
Já na frase “fumaças subindo pelas árvores”, vale lembrar que Robert Plant é um grande admirador de todas as coisas místicas, desde as antigas lendas e tradições inglesas até os antigos livros celtas. A fumaça é uma referência ao livro de J.R.R. Tolkien, “O Senhor dos Anéis”, e os anéis de fumaça soprados na floresta pelo mago Gandalf.
“E eles dizem que em breve
Se todos entoarmos a canção
Então o flautista nos trará de volta à razão
E um novo dia nascerá
Para aqueles que resistirem
E as florestas irão ecoar as risadas.”
Arrepiante… né? Dizem que o Flautista é uma referência ao Deus Pã, o deus das florestas, caracterizado por estar sempre tocando sua flauta. Se você já assistiu aquele clássico da sessão da tarde “As 7 Faces Do Dr. Lau”, provavelmente tem uma referência aterrorizante sobre o Deus flautista Pã. E Aleister Crowley compôs uma poesia chamada “Hino a Pã”, em 1929, que trata do caminho da Iluminação através da Árvore da Vida, representada pelo Arcano Diabo do Tarot.
O fato é que, se você pesquisar na internet, encontrará várias referências ocultistas contidas nas entrelinhas das letras de Stairway to Heaven, e muitas delas completamente fantasiosas.
Afinal, o flautista que tocou na gravação foi o baixista do Zeppelin, John Paul Jones. Ele decidiu não usar o baixo porque, para ele, era uma música folclórica. Em vez disso, ele adicionou instrumentos acústicos de cordas, teclados e flautas. Isso ajudou a criar o clima. Aliás, a bateria de Bonham só pode ser ouvida aos incríveis 4:18 de canção.
“Se houver um farfalhar em seus arbustos
Não se assuste
É só o recomeço antes da Primavera
Sim, há dois caminhos que você pode seguir
Mas no final
Ainda há tempo para mudar o caminho que você segue.”
Muitos críticos destruíram essa música quando foi lançada, sabia? Lester Bangs, que escrevia para várias revistas, entre elas a Rolling Stone, descreveu Stairway To Heaven como “um matagal esquecido”. E a revista britânica Sounds disse que que aquilo era uma mistura de tédio e catatonia.
Repito, isso foi na Inglaterra onde a imprensa desdenhava o Led. Já na América, a música teve uma recepção melhor. Jimmy Page lembrou que quando tocaram essa música ao vivo pela primeira vez, ninguém a conhecia. Mesmo assim, foram aplaudidos de pé. E então ele entendeu que tinham feito uma grande canção a ser lapidada.
“A sua cabeça está cantarolando e não para nunca
Caso você não saiba
O flautista quer que você se junte a ele
Querida senhora, você consegue ouvir o vento soprar?”
Jimmy Page é responsável pelas referências ocultistas contidas na letra e ele considera essa canção sua obra-prima. Mas Robert Plant não compartilha o mesmo gosto. Pelo contrário, ele até já se referiu a Stairway To Heaven como uma “canção de casamento” e insiste que sua música favorita do Led Zeppelin é Kashmir. Além disso, após o fim do Led, Plant não quis mais cantá-la, exceto em raras ocasiões, como no Live Aid de 1985 por exemplo.
Muito criticado pelo negacionismo à principal canção do Led Zeppelin, Plant esclareceu dizendo que a canção pertence a um período específico: “Se eu estivesse envolvido com a instrumentação, poderia até pensar diferente, mas minha contribuição foi apenas escrever a letra e cantar. Essa é uma música sobre o destino, algo abstrato, que saiu da mente de um rapaz de 23 anos”. Será que Plant não estava consciente quando escreveu Stairway To Heaven?
“E enquanto seguimos pela estrada
As nossas sombras maiores do que nós mesmos
Lá anda uma senhora que todos nós conhecemos
Que emite uma luz branca e quer mostrar
Como tudo ainda vira ouro
E se você ouvir com muita atenção
A canção enfim chegará até você
Quando tudo for um e um for tudo
Ser constante e não ser errante.”
Stairway To Heaven tem 7 minutos e 58 e é a música mais tocada da história do rádio… Isso faz sentido pra você?
Os teóricos apontam que, nas últimas frases, Jimmy Page deixa claro que houve um pacto com a tal “senhora que todos conhecemos”. Seria a morte?
Não sei, mas é notório que Stairway se tornou um hino para várias gerações e continuará sendo ainda por muito tempo. Talvez seja até eterna… Uma obra que simbolizará a evolução da humanidade. Porém, não podemos passar essa história sem citar que Jimmy Page foi acusado de plágio, não só em Stairway To Heaven, como em várias outras canções do Led. Page nega… Porém, é impossível não notar a semelhança, ao ouvir a canção Taurus da banda inglesa Spirit, lançada dois anos antes de o Led começar a gravar Stairway To Heaven… Se liga na semelhança.
Porém, o principal boato por trás de Stairway To Heaven mora, claro, nas mensagens ocultas. Vale lembrar que Aliester Crowley exigia que seus alunos aprendessem a ler e falar ao contrário, e isso levantou ainda mais a teoria de que somente ao ouvir Stairway To Heaven ao contrário é que você entenderia a verdadeira mensagem satânica que ela trazia…
Seria muito vago da minha parte defender que Stairway To Heaven é uma música que fala apenas sobre os perigos do materialismo, então prefiro deixar a compreensão em aberto. Lembrando que todas músicas tocadas nesse episódio estarão em um playlist montada no Deezer, Spotify e YouTube. Daí você aproveita também para dar a sua opinião sobre as mensagens ocultas de Stairway To Heaven. E aí? Você acredita?
E você, acredita? Sabe quem acreditou nisso na época? Os fãs do Led. Flertar com o ocultismo não era uma novidade. O Black Sabbath fazia. Aliás, até os Beatles fizeram isso, tá?
O problema, como eu já narrei aqui, é que em 1980 o baterista John Bonham morreu de forma obscura, e muitos fãs acusaram Jimmy Page de ser o responsável. Ou até de o baterista ter sido sacrificado em um ritual macabro. Para os radicais “conspiracionistas”, tudo se tratava de uma cobrança do diabo, no mais tradicional estilo cross road de Robert Johnson.
Essa teoria foi se fortalecendo com o passar dos anos, pois Jimmy Page nunca mais permitiu que outro vocalista cantasse Stairway To Heaven, além de Robert Plant. Já Plant se negava a cantá-la, como se tentasse fugir da responsabilidade de ter ajudado a escrever essa canção. E se você gosta de teorias sombrias, some-se a isso o fato de o filho de Robert Plant, de apenas 5 anos, ter morrido sem motivo aparente, tendo os médicos legistas acusado morte por vírus desconhecido. A morte do filho de Plant causou a ruptura da banda, mas pouco tempo depois eles voltaram a ativa.
Claro que são apenas teorias rebuscadas. Mas, é interessante analisar que, se fosse verdade, o preço cobrado pelo diabo por ter entregado Stairway To Heaven para Jimmy Page foi tão alto, que custou a existência da maior banda de rock de todos os tempos, não?
Afinal, após supostamente levar o filho de Robert Plant, não satisfeito, o Diabo veio buscar John Bonham… Assim, ele levaria também a alma rítmica da banda que, sem Bonham, jamais poderia continuar existindo.
Antes de finalizar esse episódio, lembro que após a morte de Bonham o Led se reuniu outras duas vezes para tocar Stairway To Heaven, uma em 1988 e outra em 2007. E em ambas as vezes o baterista que substituiu John Bonham foi seu filho Jason Bonham. E é assim, com essa versão ao vivo histórica, que chegamos ao fim do Episódio 35 do Clube da Música Autoral….
E, como sempre, não posso deixar de agradecer aos ilustres sócios diretores do Clube: Henrique Vieira de Lima, Caio Camasso, Emerson Silva Castro, Antônio Valmir Salgado Junior, Dilson Correa Lima, Mateus Godoy, João Jr Vasconcelos Santos, Luiz Machado, Lucas Valente, Camilla Spinola, Tiemi Yamashita e Marcelo Leonardo. Eles são mais que sócios: são diretores do Clube e nos ajudam muito a manter viva essa missão de levar boas histórias até vocês.
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Beleza? Por hoje é isso! Espero em breve retornar com mais histórias do Led Zeppelin, e lembro que…
A edição do Clube da Música Autoral é do Cocão, o Rogério Silva, e a produção é minha, Gilson de Lazari.
Foi um prazer falar de música com vocês e até a próxima!
Parabéns, Gilson! Edição 35 e com eles Led Z. Muito bom o trabalho de vocês. Cultura e música ou música e cultura. Tanto faz o que importa é o que você faz com os temas musicais. Obrigado.
Se puder deixar sugestão, sugiro uma edição com o primeiro samba gravado “Pelo Telefone” em 1916, aí tem muitas controvérsias sobre autoria musical.
Outra sugestão, se me permite, é sobre a Chiquinha Gonzaga a nossa melhor compositora, a pioneira, a vanguarda musical em sua época. Aí também tem muito assunto sobre o seu trabalho para registros autorais, pois ela teve muito de suas composições levadas para a Europa sem autorização dela. O bafafá sobre sua composição “Corta Jaca” e sobre a música mais tocada em bailes de carnaval “Ô abre alas”. Será que a Chiquinha seria objeto para várias edições?
Mais um vez parabéns pelo seu trabalho e de sua equipe.
Bons sons!
Augusto de Bertioga
Boas dicas, Pelo Telefone é do Donga, não?
Gilson! De longe para mim o melhor episodio do Clube da Musica Autoral, e ainda vou me deliciar com a Playlist.
Porém, vindo da minha parte é meio suspeito, já que sou daqueles que acho Led Zeppelin a melhor banda de rock de todos os tempos, e particularmente Staiway to Heaven a melhor musica, que cada vez que ouço fico arrepiado….
Obrigado por este episodio, adorei, assim como todos os que tem saído ao ar.
Parabéns pelo trabalho!
Obrigado por comentar Rodrigo, Led é demais!